Dados do ONS no CMSE indicam que bandeira amarela é só o começo - Edição do dia

Reportagem do portal Brasil Energia destaca que a estimativa apresentada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) de ontem (3/7), prevendo afluências aos reservatórios das hidrelétricas de 54% da média de longo termo (MLT) no pior cenário e de 64% no melhor, indica que a bandeira amarela na conta de luz deste mês pode ser o começo de uma escalada. 

Caso se confirmem as afluências do cenário mais baixo, será o pior resultado da série para julho nos 94 anos de medições. Se vier o melhor resultado, será o terceiro pior da série para o mês. E quando as estimativas são vistas por dentro o quadro torna-se mais preocupante. 

De acordo com os dados, os 54% da MLT do cenário inferior para energia natural afluente (ENA) no total do Sistema Interligado Nacional (SIN) serão distribuídos por 51% para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), 42% para o Nordeste, 53% para o Norte e 66% para o Sul.  

Eletrobras aumenta vazão de hidrelétrica para ajudar combate aos incêndios no Pantanal

O Valor Econômico informa que uma operação negociada entre Eletrobras, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Agência Nacional de Águas (ANA) e Serviço Estadual de Meio Ambiente (Sema) está aumentando gradualmente a vazão da água que passa pelas unidades geradoras de energia da hidrelétrica de Manso, no Mato Grosso, de 80 metros cúbicos por segundo para 170 metros cúbicos por segundo para ajudar no combate aos incêndios na região do Pantanal.  

A empresa confirmou que a manobra está acontecendo desde o dia 27 de junho com um aumento diário na vazão turbinada de 10%, conforme os limites estabelecidos pela Licença de Operação. A medida está ajudando no alargamento do leito dos rios, aproxima a água do foco do incêndio, facilita a captação da água pelos bombeiros e brigadistas e também favorece a dessedentação dos animais. O Rio Manso é afluente do Rio Cuiabá e suas águas chegam até o Rio Paraguai, percorrendo todo o Pantanal. 

“A vazão inicial de 83 metros cúbicos por segundo será elevada até 170 metros cúbicos por segundo, com previsão de alcançar esse valor nesta quinta-feira (4/7). A partir da próxima quinta (11/7), ela será reduzida na mesma taxa de 10% ao dia”, disse ao Valor o diretor de Operação da Eletrobras Sudeste (Antiga Furnas), Francisco Arteiro. 

Encerrada pela Justiça, greve divide servidores ambientais 

Encerrada ontem (5/7) por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a greve dos servidores federais da área ambiental já preocupava o setor privado e o governo, que temiam efeitos sobre o licenciamento de projetos de infraestrutura, entre eles obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  

Reportagem do Valor Econômico explica que por trás do movimento, iniciado em fevereiro deste ano, está uma divisão entre os trabalhadores de nível superior – que queriam um acordo – e os técnicos – que insistiam na paralisação.  

Uma das principais origens do problema foi o concurso realizado durante o governo Jair Bolsonaro, que privilegiou a contratação de técnicos. Muitos dos aprovados para esses cargos, contudo, tinham nível superior e passaram a executar tarefas compatíveis com este nível. Com a troca de governo e a possibilidade de valorização da categoria, houve uma forte demanda pela aproximação dos salários das duas carreiras. 

Deputados mantém impostos sobre óleo e gás em parecer da reforma tributária 

O relatório do PLP 68/2024 deixou de fora as demandas do setor de óleo e gás. Está mantida a previsão de Imposto Seletivo (IS), incluindo a alíquota de até 1% sobre a produção. Não foram alteradas as condições para isenção do gás natural, nos casos em que ele é usado como insumo de processos industriais.  

Há uma proposta na Câmara para reduzir a tributação no caso da fabricação de fertilizantes, na esteira da desoneração prevista na reforma para insumos agropecuários. A medida também não foi acatada.  Tampouco a retirada do gás da monofasia. Embora seja um pleito do setor, o governo faz questão do modelo de cobrança nos primeiros elos da cadeia. As informações foram publicadas pela Agência EPBR.  

Empresa chinesa investe US$ 11 bilhões para energia eólica no meio do deserto 

A China Three Gorges Renewables anunciou que investirá 80 bilhões de yuan (US$ 11 bilhões, cerca de R$ 61,2 bilhões) para expandir suas unidades de energia solar e eólica. A empresa faz parte do grupo China Three Gorges, que é a maior geradora de energia hidrelétrica do país. 

A companhia construirá um projeto de 16 gigawatts que integra energia renovável e carvão, combinado com uma instalação de armazenamento de 5 gigawatts, em um dos maiores centros de energia da China na região noroeste, de acordo com comunicado divulgado na semana passada.  

O investimento faz parte de um plano do governo para construir projetos que disponibilizem 455 gigawatts em energias renováveis no deserto até 2030, integrando o programa para descarbonizar a segunda maior economia do mundo. A Three Gorges afirmou que a geração de energias renováveis no local dependerá da acessibilidade à rede. (Folha de S. Paulo – agência Bloomberg) 

Europa impõe taxação mais elevada aos veículos elétricos da China 

A União Europeia está impondo direitos aduaneiros muito mais elevados sobre veículos elétricos importados da China. Os carros elétricos são o mais recente ponto de conflito numa disputa comercial mais ampla sobre os subsídios do governo chinês e as crescentes exportações de tecnologia verde de Pequim para o bloco de 27 países. 

As tarifas mais elevadas entrarão em vigor nessa sexta-feira (4/7), aguardando uma decisão final dentro de quatro meses. Aqui estão alguns fatos básicos sobre as tarifas planejadas pela UE: (Valor Econômico) 

PANORAMA DA MÍDIA 

Valor Econômico: Com o bom desempenho da economia e do mercado de trabalho e os juros ainda altos, a massa de renda das classes A e B deve crescer neste ano mais do que a das classes mais baixas, cujo rendimento é mais ligado as transferências do governo, como benefícios previdenciários e assistenciais. Na classe B, a massa de renda deve ter a maior alta real (acima da inflação) de 7,2%. Na A, a projeção é de avanço de 6,6%. Os números são de estudo da Tendências Consultoria. As classes D e E terão a menor alta, de 3,2%, descontada a inflação. 

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O principal destaque da edição desta sexta-feira (5/7) dos jornais O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo é o indiciamento pela Polícia Federal (PF) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 11 pessoas na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro.