Margem Equatorial

‘São sérias as nossas necessidades de reposição de reservas’, diz Magda na abertura da ROG.e

Tradicional evento de óleo e gás, com escopo ampliado para inclusão de outras fontes de energia, começa no Rio de Janeiro com defesa da exploração na Margem Equatorial.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Foro Econômico Bolívia-Brasil / Crédito: Agência Petrobras
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Foro Econômico Bolívia-Brasil / Crédito: Agência Petrobras

A ROG.e – antiga Rio Oil & Gas – começou nesta segunda-feira, 23 de setembro, com defesa da exploração na Margem Equatorial e lançamento do Potencializa E&P, novo programa do governo federal voltado para campos maduros.

“São sérias as nossas necessidades de reposição de reservas”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A companhia trabalha pela liberação das atividades petrolíferas na área, que têm tido a licença ambiental negada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Segundo a estatal e órgãos governamentais como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério de Minas e Energia (MME), com o declínio natural das reservas conhecidas em função da produção de petróleo, há risco de o Brasil voltar a ser importador líquido do hidrocarboneto caso não haja descoberta de novas reservas.

Também presente na abertura, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender a exploração de petróleo na região. “Não vamos abrir mão de conhecer e soberanamente decidir sobre a exploração do pleno potencial de nossas reservas de petróleo e gás. A Margem Equatorial é um exemplo claro dessa política vamos avançar com responsabilidade, cumprindo todos os critérios ambientais e sociais”, disse o ministro.

Novo programa para campos maduros deve incentivar gás não-convencional

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Na abertura da ROG.e, o ministro Alexandre Silveira assinou a criação do Potencializa E&P, programa voltado para o fortalecimento de campos maduros. Segundo Silveira, o programa terá atividades voltadas para o gás não-comvencional – que, de acordo com o ministro, pode gerar 140 mil novos empregos para o país.

Silveira voltou a defender o programa Gás para Empregar e seu objetivo de oferecer gás a preços mais competitivos para o consumidor. Segundo ele, o aumento na oferta inclui importação de gás de Vaca Muerta, região na Argentina com forte exploração de gás não-convencional.

“Estamos destravando o potencial de aumento da oferta de gás no Brasil em quase 100 milhões de m³ por dia, com importações de Vaca Muerta, redução da reinjeção e a entrada em operação dos projetos Rota 3, Raia e Sergipe Águas Profundas. São R$ 95 bilhões de investimentos no setor”, declarou Silveira, sem detalhar como os investimentos seriam executados.