A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu resposta favorável ao pedido de revisão do Custo Variável Unitário (CVU) da termelétrica (UTE) Três lagoas, da Petrobras. A planta tem potência instalada de 386 MW, destinada à produção independente de energia, e está localizada no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
Foi aprovado o CVU no valor de R$ 996,70/MWh, referente a setembro de 2024. A Parcela de Custo Fixo foi fixada em R$ 77,39/MWh e o montante de geração necessário à recuperação dos custos fixos no valor de 997.779 MWh.
O pedido da Petrobras segue os termos da portaria nº 76, de abril de 2024, do Ministério de Minas e Energia (MME), que autorizou, excepcionalmente e em determinadas condições, a inclusão de custos fixos ao CVU de UTEs despacháveis centralizadamente, operacionalmente disponíveis, desde que não possuam Contrato de Comercialização de Energia Elétrica vigente, entre maio de 2024 e abril de 2025.
A última atualização do CVU da usina ocorreu em dezembro de 2023, quando a UTE Três Lagoas operava com CVU de R$ 832, 45/MWh sem a inclusão dos custos fixos e de R$ 865,82/MWh com a inclusão dos custos fixos.
No início de setembro, a autarquia aprovou o CVU das UTEs Canoas, Ibirité, Juiz de Fora, Nova Piratininga e Seropédica também sob responsabilidade da Petrobras.
UTE Três lagoas da Petrobras
O projeto de construção da usina foi planejado em duas fases, sendo a primeira iniciada em 2001 e concluída em sua inauguração, em 2 abril de 2004, com o funcionamento de quatro turbogeradores a gás operados em ciclo simples, com uma potência total de 252 MW.
Em 2010, na segunda fase, a usina ganhou quatro caldeiras recuperadoras e dois turbogeradores a vapor, aumentando sua potência de 252MW para 368MW. Segundo a Petrobras, a conclusão dessa fase proporcionou um ganho de eficiência de 34% para 47%, mantendo o consumo de gás, aproveitamento da conversão do poder calorífico da queima do gás natural em energia elétrica.
Navios-sonda
A estatal informou nesta segunda-feira, 23 de setembro, que assinou contratos de afretamento e de prestação de serviços com a empresa Constellation no valor de US$ 1.03 bilhão.
Serão dois navios-sondas de alta especificação que atenderão a campanha de perfuração e completação de poços do campo de Roncador, na bacia de Campos, a partir de 2025 e alcançam lâminas d’água entre 1.200 metros e 2.000 metros.
Campo Roncador
O campo de Roncador é uma parceria estratégica juntamente com a Equinor. A Petrobras detém 75% da participação do campo de Roncador e a Equinor detém 25%.