O Valor Econômico informa que o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, enviou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no qual solicitou que a agência considere rever a fixação, para outubro, da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a mais alta sinalização de geração termelétrica.
O ofício foi enviado ontem (1º/10) ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa. A bandeira vermelha patamar 2 tem custo adicional aos consumidores de energia elétrica de R$ 7,877 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
No documento, ao qual o Valor teve acesso e confirmado pelo MME, Silveira afirma que o saldo da chamada Conta Bandeiras, que arrecada recursos nas contas de luz para remunerar o combustível da geração termelétrica acionada para preservar o nível dos reservatórios, possui superávit, o que poderia ser usado em favor dos consumidores de energia elétrica.
Aneel defende taxa extra na conta de luz após queixas de ministério
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou ontem (1º/10) que vai analisar pleito do governo por um recuo na bandeira tarifária que será cobrada na conta de luz em outubro, mas defendeu a taxa extra, dizendo que a medida é necessária para pagar as térmicas e tem efeito educacional para o consumidor.
A agência confirmou ter recebido ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) pedindo a revisão de decisão da última sexta-feira (27/9), que implementou a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de outubro, com cobrança adicional de R$ 7,877 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. (Folha de S. Paulo)
Âmbar, do grupo J&F, diz não ter interesse em assumir Amazonas Energia
A Âmbar, braço de energia do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, informou ontem (1º/10) à noite que “não tem interesse em assumir a Amazonas Energia” nas condições aprovadas nesta terça-feira (1º) pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“A decisão inviabiliza a recuperação de uma empresa que perdeu R$ 40 bilhões nos últimos 25 anos”, destacou a empresa, em posicionamento oficial. “Como alternativa à intervenção ou à caducidade da concessão, que provocariam graves riscos ao abastecimento de energia e altos custos aos cofres públicos, a Âmbar pedirá a reconsideração da decisão”, acrescentou a Âmbar, sinalizando que pedirá que a agência em recurso administrativo para que os termos da decisão sejam revistos. (Valor Econômico)
Intercâmbio de energia entre o Norte, Nordeste e Sudeste aumenta neste mês, diz diretor-geral do ONS
Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) desde 17 de maio deste ano, Marcio Rea assumiu a posição em meio à maior seca histórica do país. Em entrevista à Agência Infra, ele fala sobre os desafios no atendimento à ponta, o horário de verão, o uso de baterias e o programa de resposta de demanda, dentre outros assuntos.
Segundo Rea, apesar de não haver risco de falta de energia, o operador trabalha em medidas adicionais que se tornam cada vez mais importantes para garantir o suprimento energético do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Dentre elas, o aumento do intercâmbio entre as regiões Nordeste e Norte, de 4,8 mil MW megawatts para 6,2 mil MW, e do Nordeste para o Sudeste, de 11,6 mil MW para 13 mil MW.
O diretor-geral do ONS explicou que os meses de setembro a dezembro serão os mais desafiadores para o atendimento à ponta e ainda não é possível prever qual será o comportamento das chuvas.
EPE eleva projeção de crescimento da demanda por gás natural no Brasil
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que a demanda por gás natural crescerá 36,6% no Brasil em dez anos no mercado não-termelétrico – o que inclui o consumo em indústrias, postos de GNV, comércio e residências.
De acordo com o Caderno de Gás Natural (na íntegra, em .pdf) do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), a demanda não-termelétrica deve atingir os 56 milhões de m3/dia em 2034 , o que representa um crescimento de 3,2% ao ano no período. O cenário é mais otimista que o desenhado pela EPE na última versão, do PDE 2032, que previa um aumento de 2,5% ao ano. (Agência Eixos)
Governo quer decidir sobre horário de verão até semana que vem
O governo federal quer decidir até a semana que vem se retoma ou não o horário de verão. A medida está em análise para tentar reduzir a demanda do sistema elétrico em meio à seca nos reservatórios.
Além de aumentar a segurança do sistema, o MME (Ministério de Minas e Energia) defende a medida como forma de evitar o uso ainda mais intensivo de usinas térmicas, que produzem energia mais cara e poderiam impulsionar as tarifas cobradas dos consumidores. (Folha de S. Paulo)
ONS divulga sumário executivo do plano da operação energética 2024-2028
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acaba de divulgar o sumário executivo digital do plano da operação energética (PEN 2024) – horizonte 2024-2028. O documento apresenta as avaliações das condições de atendimento ao mercado previsto de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional (SIN) para o horizonte do planejamento da operação energética para os próximos cinco anos.
Na oferta de energia elétrica, comparado a dezembro/2023, há um acréscimo de cerca de 30 GW de capacidade instalada ao longo do horizonte do plano, resultando em 245 GW ao final de 2028, com forte inserção de usinas solares e eólicas, além da marcante evolução da mini e micro geração distribuída (MMGD). A participação conjunta das fontes solar fotovoltaica e MMGD vai evoluir para cerca de 26% da matriz ao final de 2028. A fonte solar, incluindo a MMGD, já é atualmente a segunda maior em termos de capacidade instalada do SIN.
Sob o ponto de vista energético, o PEN 2024 indica um equilíbrio estrutural do SIN durante todo o período. No entanto, apesar de apontar que os critérios de garantia de suprimento de energia estão plenamente atendidos, o sumário alerta para a necessidade de atenção ao suprimento de potência. Para garantir o equilíbrio estrutural em termos de potência a partir de 2025, o ONS sugere a avaliação de leilões anuais de reserva de capacidade. (Fonte: ONS)
Vale e Green Energy Park fecham acordo para desenvolver cadeia do hidrogênio verde no Brasil
A Vale informou ontem (1º/10), que fechou parceria com a Green Energy Park (GEP), empresa integrada de hidrogênio europeia, para oferecer soluções de descarbonização para o setor siderúrgico global. Segundo a mineradora, as empresas desenvolverão estudos de viabilidade para a instalação de uma unidade de produção de hidrogênio verde no Brasil.
Em nota, a Vale afirma que o objetivo é que essa unidade abasteça um futuro Mega Hub — complexo industrial destinado à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono — no país. (O Estado de S. Paulo)