Horário de verão

Não há necessidade do horário de verão, decide ministro

Com a expectativa de restabelecimento dos reservatórios durante o verão, a pasta deve voltar a avaliar a medida para execução em 2025.

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Foto Tauan Alencar (MME)
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia/ Crédito: Tauan Alencar (MME)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que não há necessidade de decretar horário de verão para este ano. Com a expectativa de restabelecimento dos reservatórios durante o verão, a pasta deve voltar a avaliar a medida para execução em 2025.

Em coletiva de imprensa, que acontece na tarde desta quarta-feira, 16 de outubro, o ministro disse que o pico do custo-benefício da medida acontece entre outubro e meados de dezembro, e a implementação demandaria um tempo de planejamento, fazendo com que sua efetividade só fosse dada em novembro, com pouco aproveitamento do benefício.

“Nós temos uma segurança energética assegurada, é o início de um processo de restabelecimento, ainda muito modesto, mas de restabelecimento da nossa condição hídrica”, disse Silveira sobre a decisão.

Quanto à seca mais severa enfrentada neste ano, o ministro destacou as medidas adotadas para preservação dos reservatórios das hidrelétricas. “Não foi só a ajuda de São Pedro, foi o planejamento que fez com que nós chegássemos com 11% a a mais de água nos nossos reservatórios de cabeceira, como de Furnas, Jupiá, São Simão e Porto Primavera.

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A decisão de não adotar o horário de verão estaria em sinergia com o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS), com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e com a Secretaria de Energia Elétrica da pasta, mas “ela é de responsabilidade do ministro de Minas e Energia do Brasil. Não é uma decisão de governo, destacou o ministro.

Medidas para segurança energética

Além da preservação dos reservatórios, o CMSE aprovou em setembro operação excepcional do reservatório intermediário da hidrelétrica de Belo Monte com vazão mínima de 100 m³/s, respeitadas as licenças e autorizações necessárias.

Em transmissão, o Comitê aprovou a articulação para a entrada em operação das linhas de transmissão 500 kV Porto do Sergipe – Olindina – Sapeaçu e Terminal Rio – Lagos (c.1 e c.2), além da linha 345 kV Leopoldina 2 – Lagos, para assegurar o pleno escoamento de potência nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro.

Além disso, foi considerada a possibilidade de utilização de critérios de desempenho e segurança menos restritivos para a operação do sistema, quando necessário, de forma a garantir a maximização do uso de recursos disponíveis e o atendimento às cargas entre setembro e novembro, conforme estabelecem os procedimentos de rede.