A Celesc registrou lucro líquido de R$ 76,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, subindo 117,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a setembro, o acumulado chega a R$ 585,7 milhões, alta de 25,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os resultados financeiros obtidos pela Celesc e os investimentos realizados no terceiro trimestre de 2024 foram divulgados na última quinta-feira, 14 de novembro.
O grupo encerrou o trimestre com uma receita operacional líquida (Rol) de R$ 2,62 bilhões, representando um avanço de 2,9%, e de R$ 7,84 bilhões no acumulado do ano, crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2023, como reflexo das operações de suas subsidiárias de distribuição e geração.
Além disso, a companhia registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de R$ 252,8 milhões, um crescimento de 25,3%.
De acordo com a Celesc, esse desempenho foi impulsionado, no segmento de distribuição, pelo aumento da energia faturada, que somou 6.874 GWh no trimestre – crescimento de 4,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior – e pelo reajuste tarifário médio de 2,3% no ciclo 2023/24 e de 3,02% no ciclo 2024/25.
“Os números revelam que a empresa tem se mostrado sustentável, mesmo diante dos desafios enfrentados pelo setor elétrico como um todo, como os eventos climáticos que trazem reflexos a todo o mercado”, afirma o presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa.
No acumulado do ano, os investimentos totalizaram R$ 831,1 milhões, sendo R$ 802,3 milhões destinados à expansão e melhoria da rede de distribuição de energia. Entre os destaques do período está a ampliação da subestação de São Cristóvão do Sul, que reforçou o fornecimento de energia na região do Planalto Serrano.
A Celesc Distribuição atingiu um total de 3.455.062 consumidores cativos, um crescimento de 2,41% sobre o terceiro trimestre de 2023. Em relação aos indicadores de qualidade, tanto o DEC (duração média das interrupções por consumidor) quanto o FEC (frequência média de interrupções) se mantiveram abaixo dos limites regulatórios estabelecidos pela Aneel, refletindo as melhorias contínuas na operação e no atendimento aos consumidores.
A empresa também registrou a manutenção das perdas de energia abaixo do limite regulatório, gerando um ganho financeiro de R$ 54,5 milhões neste ano.
Já no segmento de geração, foram investidos R$ 28,9 milhões em empreendimentos renováveis em Santa Catarina. Entre eles está a usina solar fotovoltaica em São José do Cedro, a maior planta do grupo até o momento, inaugurada no período. A usina adicionou 2,5 MW de capacidade instalada e tem potencial para abastecer o consumo médio de duas mil residências.
Em relação à gestão da dívida líquida consolidada, a companhia encerrou o trimestre em R$ 2,99 bilhões, um aumento de 32,4% impulsionado pela 7ª emissão de debêntures da Celesc Distribuição.
“Com 88,3% da dívida concentrada no longo prazo e alavancagem de 2,2 vezes o Ebitda, o grupo mantém uma posição confortável para seguir com seu plano de investimentos de R$ 4,5 bilhões previsto para o período de 2023 a 2026”, disse a empresa em comunicado.