A Eletrobras está investindo R$ 1,25 bilhão na modernização na hidrelétrica de Tucuruí (8.370 MW), que completou 40 anos de operação no último dia 22 de novembro. O investimento será realizado entre 2024 e 2029 e será aplicado na atualização de equipamentos e sistemas.
Os aprimoramentos incluem a modernização dos sistemas de proteção, controle e supervisão, bem como atualizações em reguladores de tensão e velocidade, servomotores e mecanismos dos distribuidores das unidades geradoras.
Ainda estão previstas substituições de transformadores elevadores (13,8/500 kV) e instalação de módulos de manobra blindados isolados a gás SF6, além de melhorias nos painéis de comando e controle das comportas da tomada d’água e do vertedouro, com melhorias nos sistemas de resfriamento e tratamento de água.
Atualmente, já estão em andamento os aprimoramentos de substituição completa do estator e a reforma do rotor de cinco geradores, contratados no valor de R$ 230 milhões; o fornecimento de um conjunto de manobra blindado de 550 kV isolado a gás SF6, com um investimento de R$ 35 milhões; e a aquisição de dois transformadores de 550 kV para as Casas de Força I e II, totalizando R$ 55 milhões.
“A Eletrobras busca com este projeto assegurar a confiabilidade dos ativos e aumentar a eficiência operacional da usina, integrando novas tecnologias e atualizando a estrutura. Com esses investimentos, Tucuruí estará ainda mais preparada para atender às demandas energéticas do futuro, oferecendo segurança e competitividade ao setor elétrico brasileiro”, afirmou o vice-presidente de Operações e Segurança da Eletrobras, Antônio Varejão de Godoy.
Em 2023, a usina produziu 28.643 GWh, equivalente a uma média de 3.270 MW, o que representou 4,5% da energia gerada pelo sistema interligado, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
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Energização de reator
A companhia concluiu a energização do segundo banco de reatores na subestação coletora Porto Velho, localizada no estado de Rondônia. No início de outubro, a empresa já havia antecipado a operação do primeiro reator, iniciativa que se somou a uma série de ações que evitaram a paralisação da usina de Santo Antônio.
Juntos, os dois bancos de reatores somam investimentos de R$ 90,1 milhões, com Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 7,4 milhões.
“A energização dos dois bancos de reatores trará maior confiabilidade e flexibilidade operativa a toda operação do complexo Madeira, concluindo uma série de procedimentos que garantiram o fornecimento de energia em meio ao desafio histórico do período mais seco que já enfrentamos na região. Já podemos comemorar o sucesso das iniciativas, que priorizaram a segurança das operações, das pessoas e do meio ambiente”, disse o vice-presidente de Engenharia de Expansão da Eletrobras, Robson Pinheiro Rodrigues de Campos.
Recursos hídricos
Os comitês gestores das contas dos programas de revitalização dos recursos hídricos das Bacias Hidrográficas do rio São Francisco e do Rio Parnaíba (CPR São Francisco e Parnaíba) e de Furnas (CPR Furnas) atualizou o plano de trabalho com o planejamento das ações que gerem recarga das vazões afluentes e ampliem a flexibilidade operativa dos reservatórios.
Para Furnas, o plano prevê a elaboração de estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e fundiária (EVTEA) e o projeto básico para alteamento ou construção de nova ponte sobre o rio Grande, a montante da UHE Marimbondo – Ponte Gumercindo Penteado, entre outras ações.
Segundo Ministério de Minas e Energia, integrante do comitê, a assinatura de contrato do projeto correu em novembro de 2024 no valor de R$ 3.032.842,96, com previsão de início das atividades em dezembro.
O nível na Ponte Gumercindo Penteado limita a operação do reservatório da UHE Marimbondo, impedindo operar o reservatório em sua capacidade máxima. Esta limitação visa manter o nível junto à ponte 50 cm abaixo da cota inferior do tabuleiro.
Para as bacias hidrográficas, a ideia é a realização de estudo para melhoria das condições de navegabilidade em áreas críticas no trecho do baixo São Francisco, análises das linhas d’água do Rio Parnaíba no trecho a jusante da UHE Boa Esperança (BA), o aprimoramento da base de dados das restrições operativas hidráulicas das hidrelétricas do Sistema Interligado, entre outras questões.