O atendimento eletroenergético do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou melhora nas condições esperadas com a configuração do período úmido em novembro. A avaliação foi apresentada pelo Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) durante reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) nesta quarta-feira, 4 de dezembro.
Conforme dados apresentados, houve favorecimento de precipitações nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, e em parte da Região Norte. As bacias do Tietê, Grande, Paranaíba e trecho do Madeira apresentaram precipitação superior à média climatológica, assemelhando-se ao comportamento observado no mês anterior.
Mesmo com a configuração do período chuvoso, o índice de armazenamento deve fechar o ano com 49,7% no SIN, no cenário mais favorável, e de 42,8% para o menos favorável.
Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), no decorrer do mês de novembro, foram verificados valores abaixo da média histórica nos subsistemas Sul, Norte e Nordeste, onde foram registrados 81%, 64% e 72% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente. As condições hidroenergéticas foram mais favoráveis apenas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, registrando 111% da MLT.
Em novembro, 87% de toda a geração de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) foi proveniente de fontes renováveis. Também houve recorde de geração eólica média horária no Nordeste e no SIN. No Norte e Sudeste/Centro-Oeste, foram verificados recordes de geração solar fotovoltaica na média diária.
Na discussão sobre taxonomia, o MME destacou a relevância do papel do gás natural para a garantia da confiabilidade do sistema elétrico brasileiro e para a continuidade da expansão renovável eólica e solar.
Curvas de armazenamento
O CMSE ainda aprovou as Curvas Referenciais de Armazenamento (CREF) para 2025, atualizando a ferramenta para a gestão do Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo nota do Ministério de Minas e Energia (MME), foram utilizadas as mesmas metodologias da construção de 2024.
A partir da definição é possível avaliar a capacidade de acompanhamento das condições de armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas, possibilitando identificar situações que exijam medidas excepcionais.
As curvas são divididas em três faixas (verde, amarela e vermelha) e variam conforme a criticidade do armazenamento, indicando os montantes de geração termelétrica para garantia do suprimento de energia em condições hidrometeorológicas adversas.
A nota técnica sobre a metodologia aprovada será finalizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e disponibilizada aos agentes, disse o MME.
Expansão da geração e transmissão
A expansão verificada em novembro de 2024 foi de 950 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, de 412 km de linhas de transmissão e de 5.731 MVA de capacidade de transformação. Assim, no ano de 2024, a expansão totalizou 10.304 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 3.313,4 km de linhas de transmissão e 18.346 MVA de capacidade de transformação.
Além disso, foi aprovado o calendário de reuniões do CMSE para 2025.