A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai ter um intenso calendário de leilões nos próximos meses, com a previsão de contratação de energia nova e existente, sistemas isolados e linhas de transmissão.
O ano de 2025 se inicia também com a expectativa para o inédito leilão de baterias e para o leilão de reserva de capacidade, que tinha previsão de ocorrer em 2024. A Agência Eixos publicou a relação completa dos certames previstos para o próximo ano.
Ano novo começa com bandeira tarifária verde
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou na sexta-feira (27/12) que a bandeira tarifária para o mês de janeiro de 2025 será verde. Dessa forma, os consumidores de energia elétrica não terão custo extra nas contas de energia.
A bandeira tarifária permaneceu verde de abril de 2022 até julho de 2024. A bandeira verde se repetiu em dezembro de 2024 e será mantida em janeiro de 2025 devido a permanência das condições favoráveis de geração de energia no país.
Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e aumenta-se a geração das usinas hidrelétricas. Dessa forma, se aciona menos empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas. (Fonte: Aneel)
CCEE conclui 2024 com entregas importantes para os agendes
Com foco no desenvolvimento do setor, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) investiu em diversas ações para tornar seus processos e serviços cada dia mais ágeis e eficientes.
Entre elas, a abertura de mercado para todos os consumidores do grupo A; operação sombra do monitoramento prudencial; o lançamento da Plataforma de Certificação de Energia Renovável; a antecipação de relatórios; a utilização de inteligência artificial (IA) para capacitação; realizações de eventos importantes para o setor; e a ampliação da infraestrutura tecnológica são algumas das ações desenvolvidas ao longo deste ano. Para saber mais sobre as ações da CCEE, confira aqui.
ONS: Sistema Interligado Nacional encerra 2024 com níveis dos reservatórios acima de 50%
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) da última semana operativa de 2024, que vai do dia 28 de dezembro a 3 de janeiro de 2025, marca o encerramento do ano. Após um período de severa estiagem, as ações coordenadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), juntamente com os demais entes do setor elétrico brasileiro, permitiram chegar ao final de 2024 com percentuais de Energia Armazenada (EAR) superiores a 50%.
A recuperação dos níveis de armazenamento, verificada ao longo de novembro e dezembro, deve se manter ao longo de janeiro. A estimativa para o final do primeiro mês de 2025 é que todos os subsistemas estejam com EAR superior a 60%, sendo três deles acima dos 70%. A EAR mais elevada deve ser verificada no Norte, 86,4%. Na sequência, estão o Sul, com 73,8%; o Nordeste, com 70,5%; e o Sudeste/Centro-Oeste, com 64,8%.
As projeções de EAR estão compatíveis com os indicadores estimados para a Energia Natural Afluente (ENA). Ao final de janeiro de 2025, a ENA deve estar acima de 100% da Média de Longo Termo (MLT) no Norte, 109% da MLT; no Sudeste/Centro-Oeste, 103% da MLT; e no Nordeste, 102% da MLT. A exceção nesse padrão é o Sul, que deve atingir ENA de 79% da MLT.
Os cenários prospectivos para a demanda de carga indicam aceleração no Sistema Interligado Nacional (SIN) e em todos os subsistemas. A expansão no SIN pode atingir 4,2% (82.983 MWmed). Entre os submercados, o maior crescimento deve ser verificado no Norte: 10,5% (8.002 MWmed). A expansão esperada no Sul é de 4,9% (14.516 MWmed). O Nordeste (13.721 MWmed) e o Sudeste-Centro-Oeste (46.744 MWmed) têm o mesmo percentual estimado de avanço: 3,3%. Os números são comparações entre as projeções para janeiro de 2025 ante o verificado no mesmo período de 2024.
O Custo Marginal de Operação (CMO) está equalizado em todas as regiões no valor de R$ 15,44. (Fonte: ONS)
Petrobras informa sobre nova lei para o setor de óleo e gás
A Petrobras informa que foi sancionada a Lei nº 15.075/2024, de 26 de dezembro de 2024, que dispõe sobre a possibilidade de transferência de excedentes de conteúdo local entre contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural vigentes, para fins do disposto no art. 2º, caput, inciso X, da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.
Além disso, a nova legislação permitirá que possa ser solicitada a prorrogação dos prazos dos contratos de partilha de produção nas condições que demonstrem vantagem para a União. Confira aqui os efeitos que serão produzidos pela nova legislação.
Aneel dá mais prazo para a EPE entregar EVTE da usina Bem Querer
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorrogou até dezembro de 2027 o prazo para que a empresa federal entregue o estudo de viabilidade técnica e econômica (EVTE) da UHE Bem Querer, na margem esquerda do Rio Amazonas. (portal Brasil Energia)
Impasse sobre Angra 3 coloca setor nuclear brasileiro em compasso de espera
Reportagem do Valor Econômico destaca que o impasse sobre a retomada das obras da usina de Angra 3 coloca o setor nuclear brasileiro em um cenário de espera. De um lado, a conclusão do projeto pode garantir uma fonte de energia firme e estável, essencial para a segurança energética do país, além de impulsionar a cadeia produtiva, atrair investimentos e consolidar o Brasil como um dos poucos países com tecnologia avançada no setor.
De outro lado, os elevados custos estimados em R$ 25 bilhões para concluir o projeto, somados à tarifa mais alta quando comparada com outras fontes e à dificuldade operacional (inflexibilidade), levantam dúvidas sobre o custo-benefício do projeto, especialmente no momento em que fontes renováveis apresentam custos cada vez mais competitivos.
China conecta maior usina solar do deserto em esforço para reduzir carvão
A China conectou um dos maiores projetos solares do mundo em um esforço para reduzir o consumo de carvão e controlar as emissões. A instalação de 4 gigawatts, localizada na borda sudeste do Deserto de Taklamakan, foi ligada à rede na quarta-feira (18/12), informou a emissora estatal do país CCTV, sem citar uma fonte. Esse projeto, isoladamente, é quase do tamanho de toda a capacidade solar do Canadá, de acordo com dados da BloombergNEF.
Esse projeto solar é até agora a maior parte de um plano ambicioso do governo chinês para construir 455 gigawatts de energias renováveis nos desertos do país nesta década. A estratégia é fundamental para o objetivo do governo de atingir o pico de emissões até 2030. (Folha de S. Paulo – com informações da agência de notícias Bloomberg)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: Sob o efeito de juros mais altos, condições financeiras desfavoráveis e menores estímulos fiscais, a economia deve desacelerar em 2025, mesmo com a expectativa de nova safra agrícola recorde. A mediana de 76 projeções coletadas pelo Valor junto a consultorias e instituições financeiras indica que o PIB deve crescer 2% em 2025, após alta estimada de 3,5% em 2024. As previsões variam de 3% a 3,6% para este ano e de 1,3% a 3% para o próximo.
**
Folha de S. Paulo: Um avião saiu da pista, bateu contra um muro e explodiu no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, na manhã de domingo (29) no horário local. De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, dois tripulantes sobreviveram e 179 morreram. Uma apuração preliminar indicou que “contato [da aeronave] com pássaros” resultou em uma falha durante a tentativa de aterrissagem. Especialistas questionam a versão apresentada e afirmam que ausência de trem de pouso põe explicação em xeque.
**
Estado de S. Paulo: A inadimplência atingiu o recorde de 7 milhões de empresas no Brasil neste ano, quase um terço das companhias existentes, de acordo com dados do Serasa Experian. Com a elevação da taxa Selic e alta do dólar, a expectativa é que as empresas tenham ainda mais dificuldades em 2025. Só com o aumento da Selic em setembro, cerca de 100 mil novas empresas se tornaram inadimplentes em outubro, quebrando uma estabilidade que já durava cinco meses.
**
O Globo: A poucos dias do prazo limite para o empenho de recursos do Orçamento de 2024, a Secretaria de Relações Institucionais, do ministro Alexandre Padilha, passou a utilizar uma dotação exclusiva do Ministério da Saúde para liberar verbas aos parlamentares sem que seja necessário identificá-los e nem dizer para quais municípios estão enviando o dinheiro. No total, R$ 2,5 bilhões estão sendo distribuídos.