O projeto para instalação da primeira planta de liquefação de gás na Argentina deu novos passos nesta semana com a assinatura de memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) entre a estatal argentina YPF e três empresas indianas.
O acordo prevê volumes de exportação que podem chegar a 10 milhões de toneladas de GNL, informou a YPF. “Estamos convencidos de que o país tem uma oportunidade de se transformar em um exportador de energia e atingir o objetivo procurado por toda a indústria de gerar receitas de US$ 30 bilhões nos próximos dez anos”, declarou em nota o presidente da YPF, Horacio Marín.
O MoU foi assinado pelas empresas indianas Oil and Natural Gas Corporation (OIL), Gas Authority of India Limited (Gail) e Oil and Natural Gas Corporation Videsh Limited (OVL). Além da exportação de GNL, o acordo prevê cooperação entre as partes para a produção de lítio e outros minerais críticos.
Sobre o projeto de GNL da YPF na Argentina
Com o aumento na produção de gás não-convencional na região de Vaca Muerta, a Argentina já se aproxima da autossuficiência em gás natural e da exportação do hidrocarboneto.
Atualmente, o país não tem planta de liquefação de gás natural, mas um projeto da YPF prevê a instalação de uma planta de GNL na província de Rio Negro, na costa do Oceano Atlântico, facilitando assim a exportação do combustível. O plano inclui a construção de um gasoduto de 580 quilômetros entre os campos produtores de gás da região de Vaca Muerta e a planta de liquefação na província de Rio Negro.