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Casa dos Ventos fecha novo contrato com a Ypê e acelera plano de hibridização

Primeira fase de plano de hibridização demandará R$ 1 bi em investimentos

Parque eólico da Casa dos Ventos
Parque eólico da Casa dos Ventos | Divulgação

A Ypê fechou contrato de cerca de R$ 230 milhões com a Casa dos Ventos para garantir o suprimento de suas operações por 15 anos, a partir de 2026. O acordo amplia outra parceria entre as empresas envolvendo o Complexo Eólico Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte.

Uma usina solar fotovoltaica com 100 MW de capacidade instalada atenderá a demanda da Ypê. A planta será adicionada ao Complexo Eólico Babilônia Sul (49,9 MW), tornando um empreendimento híbrido.

Segundo a Casa dos Ventos, o negócio com a Ypê deve acelerar o plano de hibridização dos seus ativos, que em sua primeira etapa, totaliza investimentos de R$ 1 bilhão.

“Os complexos híbridos trazem eficiência ao sistema elétrico, uma vez que as fontes solar e eólica compartilham infraestrutura de transmissão e se complementam em perfil de geração”, afirma Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.

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O novo acordo foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Economica (Cade) em dezembro de 2024 e abrange o parque Fótons de São Cláudio Energias Renováveis, sociedade de propósito específico (SPE) da Casa dos Ventos, que ainda não está operacional.

“O acordo garante o abastecimento integral das operações da Ypê através de energia eólica e solar, demonstrando o compromisso da companhia com o tema e a nossa capacidade em prover um portfólio diversificado de soluções de energia para a indústria”, disse Araripe.

Complexo Babilônia Sul Solar

Ao anunciar cerca de R$ 3,5 bilhões em investimentos para entrar no segmento de geração solar centralizada e alcançar 1 GW da fonte até 2026, a Casa dos Ventos também ressaltou os planos para associar 300 MW de solares às eólicas Babilônia Sul (em operação) e Babilônia Centro (em fase de construção), num total de 553,5 MW de capacidade instalada, localizados entre os municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia.

Os dois complexos de geração híbrida serão financiados pelo Banco do Nordeste (BNB). 

Posteriormente, a pretensão da empresa é dobrar a capacidade solar, com plantas fotovoltaicas junto aos parques eólicos Serra do Tigre e Rio do Vento, ambos no Rio Grande do Norte.