Com grande competição entre petroleiras, o leilão do petróleo do pré-sal realizado ontem (26/6) pelo governo superou as expectativas iniciais e gerou uma arrecadação potencial de R$ 28 bilhões entre 2025 e 2026, informa a Folha de S. Paulo.
O Ministério de Minas e Energia (MME) estimava uma arrecadação potencial de R$ 25 bilhões com o leilão. O secretário de Petróleo e Gás do ministério, Pietro Mendes, destacou que a lei orçamentária previu R$ 23 bilhões. “É fundamental essa arrecadação de R$ 5 bilhões a mais”, afirmou.
O valor final, porém, vai depender da evolução dos preços do petróleo, já que os lotes são pagos com a cotação do momento da retirada da carga das plataformas em alto-mar. O petróleo vendido pelo governo nesta quinta será produzido nos campos de Búzios, Mero, Sépia e Itapu, localizados na Bacia de Santos.
O jornal O Globo informa que a Petrobras foi a principal vencedora, levando quatro dos sete lotes. A estatal arrematou um lote em Búzios e outro em Sépia, além de dois lotes em Mero (FPSO Guanabara e o conjunto dos FPSOs Alexandre de Gusmão e Pioneiro de Libra).
Mas houve surpresas, como o consórcio PetroChina e Mataripe, do fundo árabe Mubadala Capital, que levou o lote em Itapu, e a Galp e a ExxonMobil, que, juntas, ficaram com o lote de Mero (FPSO Sepetiba). Já a Equinor ficou com outro lote em Mero (FPSO Duque de Caxias).
Chuva no Sul alimenta expectativa de bandeira amarela na conta de luz em julho
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que a ocorrência de chuva em volumes maiores do que os inicialmente previstos ao longo de junho, principalmente na região Sul, alterou a perspectiva para a bandeira tarifária a ser acionada em julho.
A maior parte dos especialistas consultados pela reportagem aponta tendência de acionamento da bandeira amarela, com cobrança adicional de R$ 1,885 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Mas há quem ainda trabalhe com o cenário de manutenção da bandeira vermelha patamar 1, vigente em junho, com custo de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos.
ANP aprova “lista suja” de empresas que não cumpriram metas do RenovaBio
O Valor Econômico informa que a diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (26/6), em reunião semanal, a publicação da lista de sanções de distribuidores de combustíveis líquidos que descumpriram metas de descarbonização no âmbito do RenovaBio, a política nacional de biocombustíveis.
Segundo a agência, a lista será publicada em página específica dentro da área do site da ANP sobre o RenovaBio. A agência divulgará, em breve, a data de publicação da “lista suja”, como ficou conhecida no mercado a relação de inadimplentes.
Engie Brasil promove mudanças em sua diretoria executiva
A Engie Brasil informou ontem (26/6) algumas mudanças na sua diretoria executiva. O atual diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Eduardo Takamori Guiyotoku, renunciou ao cargo para assumir a mesma função na subsidiária do grupo Engie no Peru. Pierre Auguste Gratien Leblanc foi nomeado para a posição no Brasil.
Gustavo Henrique Labanca Novo, que é conselheiro suplente da empresa e executivo de carreira, vai assumir a diretoria de transmissão de energia, enquanto Guilherme Ferrari, atual diretor de novos negócios, foi indicado para a diretoria de energias renováveis e armazenamento.
Sophie Quarré de Verneuil, atual diretora de pessoas e cultura, passará a ocupar o cargo de diretora de recursos humanos. (Valor Econômico)
Alcolumbre diz que Congresso sofre agressões desde a derrubada de vetos da lei das eólicas offshore e menciona “falso aumento da tarifa de energia”
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que o Congresso Nacional vem sofrendo “agressões” desde a derrubada dos vetos da lei das eólicas offshore na sessão realizada na última semana. Em um discurso duro lido durante a sessão de quarta-feira (25/6), ele rechaçou que a decisão levará a um aumento nas contas de energia elétrica.
“Infelizmente, parte da imprensa brasileira, insuflada por alguns, está distorcendo desde o dia da sessão os fatos e divulgando números superestimados, com cenários alarmistas e absolutamente desconectados da realidade. O objetivo, lamentavelmente, parece ser um só: espalhar o pânico entre os consumidores, atribuindo ao Congresso brasileiro a responsabilidade por um falso aumento da tarifa”, disse.
Alcolumbre afirmou que a derrubada de vetos não trará aumento tarifário e que os itens estabelecidos na lei trazem modicidade tarifária ou têm custos bem diferentes dos que vêm sendo divulgados.
No caso da recontratação de usinas do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), ele citou que o “impacto líquido estimado é de R$ 15,9 milhões em 2025, não o que se alardeou na última semana de mais de R$ 500 bilhões”, uma vez que “o que está sendo proposto é uma prorrogação com contrapartidas claras”. Já em relação às PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), disse que a medida “garante segurança no sistema do país e traz modicidade tarifária”. (Agência Infra)
PANORAMA DA MÍDIA
Valor Econômico: O acirramento da crise entre o Executivo e o Congresso, depois da derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), já ameaça outras pautas de interesse do governo no Legislativo. Um dos casos importantes é o do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Além disso, há expectativa de resistência à medida provisória (MP) editada para compensar a frustração de receitas após os recuos do governo no decreto do IOF.
**
Folha de S. Paulo: O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo avalia três alternativas para responder à derrubada da alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): ir à Justiça contra a decisão do Congresso, buscar uma nova fonte de receita ou fazer um novo corte no Orçamento que “vai pesar para todo mundo”.
**
O Estado de S. Paulo: Após 12 sessões, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento que amplia as obrigações das big techs pelo conteúdo publicado por usuários na internet. Os ministros estabeleceram critérios para punir as plataformas pelo que for considerado falha na moderação de conteúdo e fizeram apelo para que Congresso regulamente as redes sociais. Ficou definido, como regra geral, que as empresas responderão por crimes ou atos ilícitos e por contas falsas se não removerem esses conteúdos.
**
O Globo: As redes sociais podem ser responsabilizadas por danos gerados por conteúdos publicados por terceiros, que envolvam crimes ou atos ilícitos, caso sejam notificadas e não removam a postagem. Para crimes como calúnia, difamação e injúria, continuam valendo as regras atuais, de que é necessária uma ordem judicial para a remoção. Somente se essa ordem for descumprida as plataformas têm responsabilidade. Caso um conteúdo que já tenha sido reconhecido como ofensivo pelo Judiciário seja replicado, os provedores devem remover as publicações a partir de uma notificação.