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Energia movimenta 60% das fusões e aquisições no Brasil – Edição do dia

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Em meio ao aumento das discussões sobre transição energética, houve um “boom” de fusões e aquisições entre empresas de energia e recursos naturais nos últimos cinco anos e, hoje, esses setores são responsáveis pela maioria das movimentações no país, de acordo com reportagem da Folha de S. Paulo.

Segundo levantamento da assessoria financeira Seneca Evercore, com base em dados da MergerMarket, a participação desses setores no valor total das fusões e aquisições no Brasil saltou de 9%, em 2020, para 44%, em 2024. Somente no primeiro semestre deste ano, atingiu a fatia de 59,7%.

O maior M&A do ano em volume foi a venda de 60% do campo de Peregrino pela norueguesa Equinor à petroleira brasileira PRIO, por US$ 3,5 bilhões. Em segundo lugar, está a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Serena Energia, que resultou em seu fechamento de capital, e que movimentou US$ 2,8 bilhões Em terceiro vem a compra pela J&F da participação da Paper Excellence na Eldorado Brasil Celulose, por US$ 2,7 bilhões.

Ainda de acordo com a reportagem, vários motivos explicam essa alta. Entre eles estão a diversificação de fontes de energia (ainda muito concentrada no petróleo), a preocupação com o meio ambiente e a resiliência do setor de energia à situação macroeconômica.

Eletrobras diz que Transnorte Energia e Aneel caminham para acordo de reequilíbrio

A Eletrobras informou ontem (2/7) que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou condições para um acordo com a Transnorte Energia (TNE) para encerrar controvérsia e arbitragem e reequilibrar a concessão do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista.

Em comunicado, a Eletrobras afirmou que o acordo envolveria a assinatura de um novo aditivo ao contrato de concessão do linhão, para alterar o prazo de operação comercial da obra e a Receita Anual Permitida (RAP) a ser paga à concessionária.

A previsão é de pagamento, a título de RAP, do valor teto de R$395,66 milhões (em março de 2019), por 27 anos, com termo inicial em 28 de setembro de 2024 e termo final em 28 de setembro de 2051, totalizando 30 anos de concessão, a ser atualizado pelo IPCA.

A Eletrobras é acionista da TNE junto com a Alupar. A concessionária está construindo a linha de transmissão que finalmente conectará o estado de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A TNE vinha pedindo reequilíbrio econômico-financeiro da concessão devido ao atraso de anos para o início das obras. O empreendimento enfrentou várias dificuldades para sair do papel, associadas principalmente aos impactos à comunidade indígena Waimiri Atroari, cujas terras serão atravessadas pelo linhão.

As obras foram retomadas após um acordo para encerrar ações judiciais em 2022, e a instalação está prevista para ser inaugurada no segundo semestre deste ano. (InfoMoney – conteúdo / agência de notícias Reuters)

Congresso dá aval e governo avança com leilão do pré-sal

A Folha de S. Paulo informa que, com a aprovação do projeto de lei do Fundo Social, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pedirá, ainda nesta semana, uma reunião extraordinária ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para a aprovação das regras do edital do leilão de áreas do pré-sal pela PPSA.

O projeto abriu caminho para que a estatal comercialize a totalidade do óleo excedente da União em áreas do pré-sal hoje não contratadas dos campos de Tupi, Mero e Atapu, todas exploradas sob regime de partilha.

De acordo com a reportagem, a expectativa é de que a chancela ao leilão saia até meados de agosto para que ele ocorra em dezembro na B3. Segundo técnicos da pasta, serão R$ 15 bilhões em recursos que ajudarão a reforçar o Orçamento da União, que, neste ano, prevê déficit zero com uma margem de R$ 31 bilhões para mais ou menos.

Licenciamento ambiental: relator na Câmara diz que texto deve ser votado antes do recesso parlamentar

Relator do Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental na Câmara, o deputado federal Zé Vitor (PL-MG) afirmou ao jornal O Globo haver a expectativa de que o texto — criticado por ambientalistas sob argumento de que traria flexibilização do processo de concessão de licenças — seja votado antes do inicio do recesso parlamentar.

O deputado diz que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou que tem disposição de levar a pauta ao plenário até o início do recesso, no próximo dia 18. De acordo com a reportagem, enquanto a bancada ruralista se movimentava pela relatoria do projeto, a esquerda tenta evitar a votação da matéria, que vem gerando muita polêmica e críticas de entidades ambientalistas. 

A maior preocupação é que atividades e obras de grande impacto sejam liberadas sem avaliação técnica sobre impactos ambientais e sociais. Para parlamentares favoráveis ao texto, o atual licenciamento, que demanda três fases, estaria atrasando obras.

A reportagem ressalta que o número de licenças emitidas aumentou, e não diminuiu, após a aprovação dessas regras. Os principais obstáculos para a liberação de obras são, segundo o Ibama, a disponibilidade financeira e o déficit de servidores no licenciamento.

Paraguai e Argentina firmam acordo para gasoduto até o Brasil

Os ministérios paraguaios da Indústria e Comércio, Obras Públicas e Comunicações e o da Economia da Argentina assinaram ontem (2/7) um memorando de entendimento (MoU) para criar um grupo técnico que avaliará a viabilidade de um gasoduto pela região do Chaco paraguaio, ligando os depósitos de gás (xisto) de Vaca Muerta (Argentina) ao mercado brasileiro.

O acordo foi firmado durante a 66ª reunião ordinária do Conselho do Mercado Comum e a Cúpula de Presidentes do Mercosul, em Buenos Aires. Além de permitir o transporte direto e gerar divisas, o projeto busca estimular a indústria local, mantendo parte do gás em solo paraguaio para abastecer fábricas na região.

“Será uma obra maravilhosa para criar um mecanismo de transporte e de ingresso de divisas, além de potencializar nossa indústria, pois parte desse gás ficará no Paraguai para alimentar nossas indústrias no Chaco, onde temos matéria-prima, mão de obra e enorme potencial de crescimento”, afirmou o ministro Javier Giménez, da Indústria e Comércio. (Agência Eixos)

BNDES e Finep apostam em financiamento para IA e data centers

Reportagem do Valor Econômico indica que as instituições de fomento veem oportunidades de investimento para área de inteligência artificial (IA) e estão promovendo ações para atrair data centers ao país. Na terça-feira (1/7), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) assinaram um protocolo de intenções para desenvolver o Rio  como um “hub” de centro de dados. O documento também tem como signatários o governo federal, a prefeitura carioca e a Eletrobras.

Esse memorando – que prevê desenvolvimento, financiamento e instalação de data centers de alta capacidade no Rio – é o primeiro acordo do tipo entre as instituições e pode ser replicado para outros estados e municípios.

Mirando a criação de um ecossistema tecnológico e o desenvolvimento de tecnologias brasileiras, o diretor de planejamento e estruturação de projetos do BNDES, Nelson Barbosa, afirmou que o banco avalia a criação de um fundo voltado para projetos de data centers e inteligência artificial.

Comissão do Senado aprova realização de audiência pública sobre cortes orçamentários de agências reguladoras

A Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado aprovou ontem (2/7) a realização de audiência pública sobre os cortes orçamentários e situação financeira das agências reguladoras, ainda sem data definida. O requerimento é de autoria do presidente do colegiado, senador Marcos Rogério (PL-RO).

Serão convidados os diretores-gerais das agências de energia (Aneel e ANP), de mineração (ANM), de transportes (ANTT, Antaq e Anac) e de telecomunicações (Anatel). (Agência Infra)

Governo oficializa aumento de misturas de etanol e biodiesel

O governo federal oficializou ontem (2/7), os aumentos nas misturas obrigatórias dos biocombustíveis no país. Os novos teores passarão a valer em agosto.

Na semana passada, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu elevar os níveis de mistura dos biocombustíveis a partir de 1º de agosto. O teor de adição do biodiesel ao diesel passará de 14% para 15%. Já no caso da presença de etanol anidro na gasolina, o percentual sairá de 27% para 30%. (Globo Rural)

Importações de aço expõem racha na indústria nacional

Reportagem do Valor Econômico indica que a recente renovação do sistema de cotas de importação de produtos de aço pelo governo federal, prorrogado até maio de 2026, reacendeu o debate sobre os rumos da política comercial brasileira.

De um lado, as siderúrgicas avaliam que as cotas são insuficientes para conter o avanço de importações a preços reduzidos, especialmente da China. De outro, consumidores de aço, como os setores de máquinas e equipamentos, construção, automotivo e de eletroeletrônicos, defendem o acesso a insumos mais baratos e são contra medidas que encareçam o material.

Apesar de mudanças no Senado, projeto de cortes de gastos de Trump afetará setor de energia renovável

O projeto de cortes de gastos e impostos aprovado nesta terça-feira pelo Senado e apoiado pelo presidente Donald Trump dificultará o desenvolvimento de empreendimentos de energia eólica e solar, apesar da remoção de alguns artigos controversos, segundo representantes da indústria e parlamentares.

O Senado retirou uma proposta de imposto especial sobre projetos de energia solar e eólica que não cumprissem padrões rigorosos, após negociações de última hora com senadores republicanos influentes que buscavam melhores condições para iniciativas de energia renovável.

A senadora Joni Ernst, o também senador Chuck Grassley, e a senadora Lisa Murkowski, cujos votos foram cruciais para a aprovação do projeto, apresentaram uma emenda pedindo a retirada desse imposto, que surpreendeu os congressistas ao aparecer no último rascunho do texto. Muitos estados republicanos abrigam grandes indústrias de energia renovável. (Valor Econômico – com a agência de notícias Reuters)

PANORAMA DA MÍDIA

Valor Econômico: No primeiro semestre, o volume de emissões de bônus brasileiros no exterior alcançou US$ 20,3 bilhões, praticamente se igualando aos US$ 21 bilhões de todo o ano passado. A despeito do aumento da volatilidade global, com o avanço de guerras e as medidas adotadas pelo governo de Donald Trump, as captações externas por companhias locais e pelo Tesouro Nacional tiveram um dos semestres mais fortes dos últimos anos, 35% acima do mesmo período de 2024. Nesse quadro, as estimativas para o volume total de 2025 foram revisadas, chegando até a US$ 35 bilhões.

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Folha de S. Paulo: Um ataque hacker desviou cerca de R$ 1 bilhão de recursos mantidos no Banco Central, no maior evento do tipo já registrado no Brasil, segundo a principal empresa brasileira de segurança cibernética, o Grupo FS. Os valores estavam em contas de clientes da empresa C&M Software, que presta serviços de tecnologia para instituições do setor financeiro.

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O Globo: Aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), analisam que o clima atual entre o governo e o Congresso se deve a uma decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ouvir apenas as propostas do PT na política e na economia e não trazer para perto de si sugestões de outros partidos de centro que também fazem parte da base, como Republicanos, PP, União Brasil, PP, PSD e MDB. O Palácio do Planalto se disse surpreendido com a mudança de tom de Motta, que havia sinalizado aval para a proposta do governo sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e, 16 dias depois, marcou a votação do projeto que derrubou a iniciativa.

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O Estado de S. Paulo: O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, número 2 do ministro Fernando Haddad, se reuniram ontem (2/7), em Brasília (…). Durigan ouviu de Alcolumbre que o discurso do “nós contra eles” entoado pelo governo precisa parar em nome de uma pacificação.

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