A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou os novos custos variáveis unitários (CVUs) para operação das termelétricas Termonordeste e Termoparaíba a partir de agosto. Cada usina tem 171 MW de capacidade instalada e utiliza o óleo combustível para geração de energia.
As térmicas comercializaram energia no 4º leilão de energia nova de 2007, com suprimento entre 1º de janeiro de 2010 e 31 de dezembro de 2024, portanto, sem contratos atualmente.
Conforme despachos da autarquia, as usinas estão enquadradas na portaria 108/2025 do Ministério de Minas e Energia que permite a inclusão excepcional de custos fixos nos CVUs das termelétricas operacionais, despacháveis centralizadamente e sem contrato vigente de comercialização de energia elétrica, conhecidas como usinas merchant.
A regra busca garantir maior disponibilidade energética em cenários de risco para o sistema elétrico nacional, abarcando o período entre 2 de maio deste ano e 30 de abril de 2026. Segundo o MME, a inclusão dos custos fixos funciona como incentivo para que as térmicas merchant estejam disponíveis para despacho, contribuindo com a segurança do atendimento ao consumidor. –
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Novos custos para operação
Os novos custos de operação das UTEs Termonordeste e Termoparaíba foram revisados para R$ 1.363,53/MWh, com parcela de custo fixo de R$ 677,17/MWh; e o montante de geração necessário à recuperação dos custos fixos, no valor de 26.823 MWh.
O CVU tem como referência o mês de agosto de 2025 e deverá ser atualizado mensalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no que se refere à parcela do preço de referência.
Os valores aprovados deverão ser aplicados por um período de 12 meses pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para consideração nos processos de planejamento e programação da operação, e pela CCEE, para contabilização e liquidação da energia elétrica produzida pela usina no período.
Importância do CVU
O CVU é associado aos custos variáveis de combustível e de operação e manutenção de termelétricas despachadas centralizadamente pelo ONS. O custo variável é o fator determinante para o despacho termelétrico, pelo ONS, porque a partir do CVU estabelece-se a ordem de mérito econômico, como é chamada a fila de despacho de usinas pelo ONS, ou seja, a fila de comando.
