Nuclear

Silveira defende pequenos reatores e diz que nuclear é importante para ‘defesa nacional’

Ministro Alexandre Silveira discursa no lançamento do PDE 2024
Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, avalia que a fonte nuclear é importante para a soberania nacional. Ele defendeu os pequenos reatores modulares (SMR, na sigla em inglês), destacando que a tecnologia pode ser uma solução para energia de baixo carbono em sistemas isolados e na indústria eletrointensiva, pois dispensa a infraestrutura de transmissão, o que também reduz o custo da energia.

Ele também voltou a defender a conclusão das obras da usina nuclear de Angra 3, que deve voltar a ser discutida na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo Silveira, a próxima reunião deve ocorrer na segunda quinzena deste mês e, além de Angra 3, deve incluir na pauta o acesso à infraestruturas essenciais de gás natural.

Soberania e defesa nacional

Em cerimônia no Rio de Janeiro para a posse dos novos diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), Alexandre Silveira também declarou que o setor nuclear é importante para a soberania nacional, inclusive para a defesa nacional.

“Eu quero ressaltar, mesmo que isso seja polêmico, nós estamos vivendo arroubos internacionais muito graves no mundo. A Constituição nos permite avançar na produção de energia limpa para a transição energética e medicina nuclear, mas se o mundo continuar como está, é importante que a gente leve muito a sério a questão nuclear no Brasil, porque no futuro nós vamos precisar da nuclear para a nossa defesa nacional, garantindo a nossa soberania”, disse Silveira.

Novo conselho presidido pelo MME

Silveira também indicou a criação de um novo organismo no governo, o Conselho Nacional de Política Mineral, que seria presidido pelo ministro de Minas e Energia com a participação de outros 16 ministros.

Segundo ele, o organismo irá “começar a organizar o setor mineral do país”, tanto daqueles que já são explorados, quanto em relação a minerais críticos e estratégicos. A reunião deste conselho deve ocorrer “em 20 dias”.

“Nós vamos dar soberania ao povo brasileiro de decidir para onde esses minerais devem ir, conforme nós vamos explorá-los, em que nível nós vamos desenvolver a cadeia mineral do país”, disse o ministro.