
O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que o Parlamento está decidido a encontrar uma solução para o problema do curtailment dentro da Medida Provisória (MP) 1.304 e, para isso, mantém diálogo com o Poder Executivo.
Durante participação no Lide Brazil Development Forum, Jardim destacou que a medida deverá trazer uma “clara indicação de ampliação do mercado livre de energia”, enquanto a MP 1.300 seguirá restrita à tarifa social de energia elétrica, com possibilidade de votação ainda nesta semana.
“Nela [MP 1.304], vamos tratar do curtailment e buscaremos uma resposta. Os cortes têm frustrado empresas e gerado um clima de insegurança, mas o Parlamento está decidido a tomar uma posição sobre o tema e estamos dialogando com o Executivo”, afirmou o deputado.
A MP tem prazo para tramitar no congresso até 7 de novembro. Recentemente, o deputado Fernando Coelho Filho (União-PE), que foi ministro de Minas e Energia entre 2016 e 2018 e é relator da MP 1.300 e presidente da Comissão Mista da MP 1.304, disse que não há uma solução específica para os cortes de energia, e sim “um conjunto de iniciativas” que vão ajudar a mitigar o problema.
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Avanços no Brasil
Jardim também criticou as restrições da MP 1.307 para a instalação de data centers em Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Segundo ele, houve um “erro de concepção” e sua proposta será voltada à ampliação das localidades permitidas.
O parlamentar ressaltou ainda que o Brasil oferece segurança para investimentos, destacando o marco legal do hidrogênio de baixo carbono e os avanços nos setores de etanol e biocombustíveis. Para ele, esses pontos reforçam a posição do país como referência na nova economia verde e de baixo carbono, especialmente na COP30, que será realizada em novembro de 2025, no Pará.
“Além disso, a revisão do governo norte-americano do Inflation Reduction Act (IRA) abre um novo cenário para que empresas americanas, que têm a agenda ambiental como prioridade, considerem o Brasil como destino para seus investimentos”, concluiu.