Rodrigo Polito

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Contratação de térmicas pode gerar perdas à Eletrobras privada, diz conselheiro

Empresas

Contratação de térmicas pode gerar perdas à Eletrobras privada, diz conselheiro

A contratação compulsória de 8 gigawatts (GW) de termelétricas a gás natural nesta década, conforme previsto na Lei 14.182/2021, pode gerar impacto negativo de deslocamento de geração hídrica e GSF para a Eletrobras privatizada. A constatação é do representante dos funcionários no conselho de administração da Eletrobras, Carlos Eduardo Pereira, que indica que este cenário pode reduzir em mais de R$ 20 bilhões o valor adicionado esperado para a empresa com a descotização de 22 hidrelétricas, no processo de capitalização e privatização da companhia. “Dado o enorme impacto econômico da entrada destas térmicas demonstrada na avaliação do cenário de sensibilidade onde a geração da Lei nº 14.182/2021 entra em operação conforme cronograma definido nela, a avaliação desta premissa é fundamental para a análise da vantajosidade da operação. Segundo os cálculos da Upside, o valor adicionado total deste cenário é de R$ 40,85 bilhões. Muito abaixo dos R$ 67,05 bilhões definidos pela Resolução CNPE nº 30/2021”, afirmou o conselheiro, em seu voto registrado em ata da reunião do conselho, divulgada na noite da última segunda-feira, 31 de janeiro. Pereira fez menção a uma apresentação feita pela consultoria Upside Finance, durante a reunião do conselho

Marco legal do câmbio pode gerar novos produtos no setor elétrico

Mercado energético

Marco legal do câmbio pode gerar novos produtos no setor elétrico

Sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de 2021, o novo marco legal do câmbio (Lei 14.286/2021) pode estimular o desenvolvimento de novos modelos de contrato de compra e venda de energia elétrica firmados em dólar e de produtos financeiros relacionados ao setor elétrico no mercado brasileiro, segundo especialistas ouvidos pela MegaWhat. A BBCE, que iniciou a negociação de derivativos de energia há um ano, entende que a nova norma pode estimular o lançamento de novos produtos específicos na plataforma eletrônica. “Vejo com bons olhos essa medida. Ela abre perspectiva para novos produtos, como derivativos já em dólar”, afirmou o presidente da BBCE, Carlos Ratto, à MegaWhat. Segundo ele, a autorização que a BBCE possui da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite a criação de produtos do tipo. O novo marco legal coincide com o plano de lançamento de uma nova plataforma digital da BBCE, que abrirá a possibilidade de negociação de vários tipos de produto, como gás natural, certificados de energia renovável (I-RECs) e créditos de carbono. “Este é um ano de virada na questão tecnológica da BBCE”, completou Ratto, lembrando que a empresa completa dez anos em 2022. PPAs em dólar O novo marco legal do câmbio basicamente quebra um tabu no setor elétrico brasileiro sobre a viabilidade de contratos de compra e