Combustíveis

Petrobras reajusta preços de combustíveis, mas ações recuam na B3

A Petrobras confirmou a expectativa do mercado e aprovou reajustes para a gasolina e o diesel nesta sexta-feira, 17 de junho. Os novos valores entrarão em vigor neste sábado. Para a gasolina, a companhia aplicou um reajuste de cerca de 5% para o combustível fornecido às distribuidoras, passando de R$ 3,86 por litro para R$ 4,06 por litro. No caso do diesel, a correção foi de 14,25%, passando de R$ 4,91/litro para R$ 5,61/litro. A notícia da correção dos preços, porém, não foi suficiente para reverter a trajetória de queda das ações da companhia na B3 hoje. Às

Petrobras reajusta preços de combustíveis, mas ações recuam na B3

A Petrobras confirmou a expectativa do mercado e aprovou reajustes para a gasolina e o diesel nesta sexta-feira, 17 de junho. Os novos valores entrarão em vigor neste sábado.

Para a gasolina, a companhia aplicou um reajuste de cerca de 5% para o combustível fornecido às distribuidoras, passando de R$ 3,86 por litro para R$ 4,06 por litro. No caso do diesel, a correção foi de 14,25%, passando de R$ 4,91/litro para R$ 5,61/litro.

A notícia da correção dos preços, porém, não foi suficiente para reverter a trajetória de queda das ações da companhia na B3 hoje. Às 10h31, os papéis preferenciais (PN) eram negociados com queda de 3,16% a R$ 28,16, enquanto as ações ordinárias recuavam 3,81% a R$ 31,04, refletindo uma nova ameaça de interferência política na estatal.

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De acordo com os principais jornais do país, o conselho de administração da Petrobras deu carta branca ontem para a diretoria da estatal aplicar novos valores para a gasolina e o diesel. Segundo dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina fornecido pela Petrobras às distribuidoras está com defasagem de 13%. No caso do diesel, o desconto chega a 21%.

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A prática de preços dos combustíveis abaixo do preço de paridade de importação pode elevar o risco de desabastecimento no país, principalmente de diesel.

Ontem, porém, o presidente Jair Bolsonaro, fez um novo apelo para que a Petrobras não reajuste os preços dos combustíveis. Segundo ele, a medida seria inadequada, no momento em que o governo negocia com o Congresso medidas para reduzir tributos federais e estaduais sobre os combustíveis.

“A gente espera que ela [Petrobras] não reajuste. Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o presidente da Petrobras”, afirmou Bolsonaro, durante sua live semanal nas redes sociais. “Estamos tentando mudar o presidente e a diretoria [da Petrobras], mas tem uma burocracia enorme. Esperamos que ela [Petrobras] não faça essa maldade com o povo brasileiro”, completou Bolsonaro.

De acordo com o presidente, as negociações em curso no Congresso podem levar a uma redução de R$ 2 por litro da gasolina e de R$ 1 por litro do diesel.

O Credit Suisse considerou positivo o reajuste aprovado pela petroleira, no entanto ressaltou que a medida pode aumentar a pressão política na empresa. De acordo com cálculos do banco, a correção anunciada hoje pela estatal reduz a defasagem para 10% no caso do diesel e 14% para a gasolina.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por sua vez, pediu a renúncia do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho. “O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa – o Brasil – e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, afirmou Lira, em sua conta no Twitter.

Em nota, a Petrobras reiterou seu “compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado”, ao mesmo tempo em que busca evitar o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

* Texto atualizado às 16h45 para inclusão de informações.

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