O vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, assinarão nesta terça-feira, 24 de outubro, o Acordo Técnico de Cooperação (ACT) que destina R$ 200 milhões em investimentos para descarbonização da cadeia automotiva nacional.
Com a assinatura do acordo, o BNDES entra na operação dos fundos dos programas prioritários do Rota 2030, ao lado de Senai, Emprapii, Finep e Fundep. Segundo MDIC, os fundos são constituídos de contrapartidas de empresas que se beneficiam de isenção de impostos na importação de peças e insumos não fabricados no Brasil, mas necessários à melhoria da eficiência energética da frota.
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O programa prioritário associado ao BNDES terá editais de estímulo à descarbonização da mobilidade e da logística. Atualmente existem sete ações prioritárias em andamento, com R$ 1 bilhão em investimentos para inovação nas empresas de autopeças e na cadeia de fornecedores do setor automotivo.
Datagro
Presente nesta segunda-feira na 23ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, Alckmin destacou ontem, 23 de outubro, que as ações de estímulo à descarbonização devem levar o Brasil para o protagonismo da transição ecológica mundial, através de políticas de estímulo à produção de biodiesel, como, por exemplo, o projeto de lei do programa Combustível do Futuro, em análise no Congresso Nacional.
Com a aprovação do PL, o governo federal estuda elevar a mistura obrigatória do biodiesel adicionado ao diesel para até 20%, segundo o ministro.
“A mistura de etanol anidro na gasolina é hoje de 27%. Há um estudo para aumentar para 30%, e o biodiesel, que estava em 10% e hoje está em 12%, deve chegar a 15%, e há propostas até para elevar ainda mais, para até B20”, disse Alckmin no evento.
No PL, o governo trata também do aumento da mistura de etanol a gasolina, saindo dos atuais 27,5% para 30%.
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O biodiesel, para o governo, é uma forma de reduzir a dependência externa de diesel no Brasil. “Com a volatilidade do mercado nacional, nós estamos vendo a vulnerabilidade que o Brasil fica no setor de diesel”, afirmou Pietro Mendes, secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), em audiência pública na Câmara dos Deputados.