Vaca Muerta

Brasil pode importar 30 milhões de m³ de gás da Argentina até 2030

Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, fala sobre gás de Vaca Muerta /Crédito: Ricardo Botelho (MME)
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, fala sobre gás de Vaca Muerta /Crédito: Ricardo Botelho (MME)

O Brasil pretende importar até 30 milhões de metros cúbicos diários de gás da Argentina até 2030, meta dita como factível pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre, devido ao potencial de Vaca Muerta e da demanda reprimida da indústria nacional.

Segundo Silveira, o Brasil tem 17 empresas interessadas em importar gás da Argentina com autorização pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Durante o seminário Desafios e Soluções para Integração Gasífera Regional, promovido nesta quinta-feira, 22 de maio, o ministro ainda destacou o papel do gás natural para garantir o fornecimento de energia em meio a expansão das fontes renováveis, sendo essencial para a transição energética e para a nova economia verde.

Integração Energética Regional

Ele também afirmou que a integração energética regional é estratégica para ampliar a oferta e reduzir o custo do gás no Brasil e defendeu avanços na liberalização dos preços de exportação pela Argentina, bem como o enfrentamento dos desafios operacionais e regulatórios relacionados às tarifas de transporte tanto na Argentina quanto na Bolívia.

“Com a livre negociação de preços entre produtores argentinos e consumidores brasileiros, o mercado pode decolar no curto prazo. De nada adianta trazer gás barato da Argentina ou da Bolívia se ele volta a se encarecer ao entrar no país”, disse ao defender esforços conjuntos com o governo gaúcho e o setor privado.

Para ele, o estado do Rio Grande do Sul figura como principal porta de entrada do gás, com um projeto de conclusão do gasoduto Uruguaiana-Porto Alegre como reflexo das oportunidades de investimento e desenvolvimento.

Por fim, Silveira destacou a responsabilidade da Petrobras no processo de oferta de gás natural a preços acessíveis, apontando a necessidade de revisão das tarifas e das regras de acesso ao escoamento e processamento do insumo.