Combustíveis

Brasil recebeu dois navios com óleo diesel da Rússia, diz Adolfo Sachsida

Desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, o governo brasileiro mostrou-se contrário aos pacotes de sanções dos países aliados – aliança formada pelo Canadá, Estados Unidos, países da Europa, Japão e outros – ao governo russo. Quase oito meses depois, o Brasil deu mais um passo confirmando a neutralidade no conflito, ao receber combustível importado da Rússia.

Brasil recebeu dois navios com óleo diesel da Rússia, diz Adolfo Sachsida

Desde o início da guerra da Rússia na Ucrânia, o governo brasileiro mostrou-se contrário aos pacotes de sanções dos países aliados – aliança formada pelo Canadá, Estados Unidos, países da Europa, Japão e outros – ao governo russo. Quase oito meses depois, o Brasil deu mais um passo confirmando a neutralidade no conflito, ao receber combustível importado da Rússia.

“Dois navios com diesel vindos da Rússia já chegaram aos nossos portos e novos carregamentos são esperados, aumentando a competição e dando mais segurança energética ao nosso país. Para o nosso governo, o interesse do povo brasileiro vem sempre em primeiro lugar”, disse o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, em discurso de cinco meses à frente da pasta, publicado em sua conta no Twitter.

Embora não sofra os efeitos diretos da crise de abastecimento energético causada pela guerra, o Brasil está exposto a algumas consequências, sobretudo ao risco de desabastecimento de insumos importados, como fertilizantes e óleo diesel.

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O presidente Jair Bolsonaro havia declarado à imprensa, em 17 de julho, que o país poderia receber, em até 60 dias, óleo diesel de origem russa.

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Antes disso, em março deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou sem vetos a Lei Complementar 192/22, que prevê a incidência por uma única vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados, com base em alíquota fixa por volume comercializado.

A incidência única também foi lembrada por Sachsida, assim como a parceria com o Congresso Nacional.

“Com a redução dos tributos federais capitaneados pelo presidente Jair Bolsonaro, em parceria com o Congresso Nacional, os brasileiros passaram a abastecer seus carros com valores muito mais baratos. A queda no preço do diesel chega a representar uma economia mensal de R$ 1.600 para um caminhoneiro”, estimou o ministro em seu Twitter.

Em outra frente, também mencionada por Adolfo Sachsida nesta terça-feira, cresce a expectativa entre as empresas para o investimento em projetos de hidrogênio de origem renovável no Brasil, com o intuito de exportação para a Europa, por meio da exploração das eólicas offshore.

“Realizamos avanços no Programa Nacional de Hidrogênio, na geração de energia elétrica offshore (…). Aliás, nas próximas semanas, estaremos finalizando os marcos legais em eólica offshore e, com isso, levar ainda mais recursos privados e fortalecer, cada vez mais, a economia do Nordeste brasileiro e gerando mais empregos e renda para o povo nordestino”, disse o ministro em discurso.

Combustíveis 

Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) apontou que a refinaria de Mataripe, antiga Refinaria Landulpho Alves (Ralam), na Bahia, aumentou a gasolina em 8,7% e o diesel em até 11,5% no estado desde o dia 8 de outubro.

“Com o reajuste de preço, a Bahia tem o combustível mais caro do Brasil, repetindo a posição que conquistou três meses após a privatização da refinaria, no final de 2021”, disse Bacelar sobre a refinaria comprada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala.

Em nota, a Acelem informou que os reajustes foram  de 9,7% para a gasolina, 11,3% para o diesel S10, e de 11,5% para o diesel S500, e que “os preços dos combustíveis produzidos na Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado, que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, podendo variar para cima ou para baixo”.

Já a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou que o preço da gasolina e o óleo diesel vendido pela Petrobras para as distribuidoras atingiu uma defasagem média de 10% e 13%, respectivamente, na comparação com os preços de referência do mercado internacional.

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