A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou nesta segunda-feira, 10 de outubro, a projeção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2032 para o setor de óleo e gás. No horizonte do estudo, a projeção aponta para uma ampliação de 4% na produção líquida de gás natural (GN) no Brasil, alcançando a marca de 137 milhões de m³/dia, e apoiada por recursos já descobertos, somada a reserva total e os recursos contingentes.
Segundo o documento, a previsão foi “influenciada”, entre outros fatores, pelos recursos descobertos: blocos AM-T-84 e PN-T-69, da Eneva, localizados nas bacias do Amazonas e Parnaíba, respectivamente; do bloco ES-T-496, da BGM Petróleo e Gás; e o bloco Três Marias, da Petrobrás – sendo responsáveis por cerca de 31% da previsão da produção líquida de gás natural para 2032.
Além disso, o novo plano de desenvolvimento do Campo de Búzios, operado pela estatal brasileira, contribuiu para o aumento da estimativa. Do total de 12 Unidades Estacionárias de Produção (UEPs), sete possuem capacidade de fabricação superior às estimadas no PDE 2031. Porém, dessas UEPs, cinco não disponibilizarão gás natural entre 2027 e 2032 provocando uma queda nas estimativas para os próximos anos.
Já os campos de Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Cavala, Agulhinha e Agulhinha Oeste, também operados pela Petrobras, tiveram sua comercialidade declarada e passaram a compor a categoria de reserva total do novo PDE, contribuindo para o aumento da previsão.
A fabricação bruta do gás natural apresentou uma previsão média 13% maior do que o PDE vigente
Petróleo PDE 2032
A produção brasileira de petróleo deve atingir o seu pico de 5,4 milhões de barris/dia em 2029 e começar a cair nos anos seguintes, até chegar a 4,9 milhões de barris/dia em 2032.
Os recursos já descobertos representam 95% dos volumes projetados. A previsão é que a participação do pré-sal na produção total do país cresça dos atuais 72% para 80% em 2032. Não houve grandes alterações nos volumes projetados em relação ao PDE anterior.
