O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a cessão integral pela Raízen, em favor da Suzano, da outorga e contrato de venda de energia da termelétrica Bioenergia Paraguaçu, no total de 14 MW de potência. O valor da operação não foi informado.
Como justificativa para realização da operação, a Suzano disse integrar sua estratégia para aumentar receitas decorrentes de energia e uma oportunidade de negócio direcionada para aquisição de contratos de compra de energia no ambiente regulado. Para a Raízen, a operação representa uma boa oportunidade comercial, disse a empresa ao Cade.
O grupo Suzano atua em geração e comercialização de energia elétrica em estados da região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e potência outorgada total de 1.904,782 MW por meio de fontes térmicas e hídricas.
A usina que passa a integrar o portfólio da Suzano foi licitada no leilão de energia nova A-5 de 2021, com a venda de 9,9 MW médios, celebrando Contratos de Comercialização de Energia Elétrica no Ambiente Regulado (CCEARs), e cronograma para início de operação comercial de sua unidade geradora em 10 de junho de 2025.
Segundo o Sistema de Informações de Geração (Siga) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a UTE Bioenergia Paraguaçu possui 30 MW de capacidade instalada e utiliza como combustível principal o bagaço de cana-de-açúcar. O projeto, no município de Paraguaçu Paulista, estado de São Paulo, ainda não teve a construção iniciada.
Em 2022, a térmica ainda recebeu enquadramento no Regime Especial de Investimentos para Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi), com estimativa dos valores dos bens e serviços do projeto sem incidência de Pis/Pasep e Cofins de R$ 103,6 milhões.