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Cade aprova venda de ativos de geração e transmissão entre Eletrobras e Âmbar Energia

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou as operações de venda e aquisição de participação entre subsidiárias da Eletrobras e a Âmbar Energia, empresa que integra o grupo J&F. As operações consistem em venda de participações em transmissoras, até então detidas pela Âmbar, e do complexo termelétrico de Candiota, da CGT Eletrosul.

Cade aprova venda de ativos de geração e transmissão entre Eletrobras e Âmbar Energia

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou as operações de venda e aquisição de participação entre subsidiárias da Eletrobras e a Âmbar Energia, empresa que integra o grupo J&F. As operações consistem em venda de participações em transmissoras, até então detidas pela Âmbar, e do complexo termelétrico de Candiota, da CGT Eletrosul.

No segmento de transmissão, a operação consiste na aquisição, por Furnas, da totalidade das ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão detida direta e indiretamente pelo FIP Milão, da Âmbar, nas empresas: Triângulo Mineiro Transmissora (TMT) e Vale do São Bartolomeu Transmissora de Energia (VSB).

O FIP Milão detém 51% do capital social de ambas as transmissoras. No caso da TMT, atualmente, o restante do capital social é integralmente detido por Furnas. Enquanto, no que se refere à VSB, Furnas detém 39% e a Celg GT detém os demais 10%.

Assim, com a operação, a TMT se tornará integralmente detida por Furnas, quanto à VSB, 90% de suas ações serão detidas pela empresa.

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A Triângulo Mineiro Transmissora possui uma linha de transmissão (LT 500 kV Marimbondo II – Assis), com 297 quilômetros de extensão, que interliga as subestações entre Minas Gerais e São Paulo. Já a Vale do São Bartolomeu reúne 4 linhas de transmissão, sendo duas de Brasília Leste a Luziânia de 500kV, totalizando 134 quilômetros de extensão; uma de Samambaia a Brasília Sul, de 345kV, com 14 quilômetros de extensão e outra de Brasília Sul a Brasília Geral, de 230kV, com 13,5 quilômetros de extensão, totalizando cinco subestações.

A transação foi justificada ao Cade como alinhada com os objetivos da Eletrobras nos setores de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, enquanto para o FIP Milão, como oportunidade de negócio para geração de retorno aos investidores.

Candiota

O Cade ainda aprovou a operação da aquisição, pela Âmbar Uruguaiana, controlada pelo grupo J&F, de todos os bens integrantes do complexo termelétrico de Candiota (350 MW) detidos pela CGT Eletrosul, subsidiária da Eletrobras.

A assinatura do contrato de venda, no valor de R$ 72 milhões, havia sido comunicada pelas empresas em setembro.  A usina, localizada em Candiota, no Rio Grande do Sul, era o único ativo a carvão ainda detido companhia.

Como justificativa para a realização da operação do Cade, as empresas explicam que, para o grupo J&F, se insere no plano de crescimento do grupo no setor de geração, transmissão e comercialização de energia elétrica. Para a CGT Eletrosul, a justificativa de compatibilidade com a otimização operacional e societária do Grupo Eletrobras.

Com a aquisição, a Âmbar, que já possui ativos de geração de energia renovável e a gás natural, com investimentos em usinas e geração distribuída de energia fotovoltaica, passa a ter uma capacidade total de geração de 1,8 GW. A companhia também atua em transporte de gás (gasodutos) e prestação de serviços ligados à área, como projetos de eficiência energética.