A unidade geradora UG1, de 1,5 MW, da PCH Passo do Inferno, de titularidade da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), teve a operação comercial suspensa após um deslizamento de terra causado por um temporal inundar a casa de máquinas e provocar a ruptura da estrutura do conduto adutor da unidade. A decisão foi publicada, via despacho, pela Agência Nacional de Energia Elétrica no Diário Oficial da União.
Em carta enviada à autarquia, a CEEE-G afirma que precipitações registradas na estação pluviométrica da usina chegaram a 317 mm ao longo de novembro, valor superior à precipitação média mensal histórica de 128 mm. Com fortes temporais na região, a PCH Passo do Inferno permaneceu indisponível em função da elevação dos níveis de jusante e realização de procedimento de limpeza, com a necessidade de desligamento dos seus equipamentos.
No entanto, depois do processo de reestabelecimento da operação da usina estar praticamente concluído, em dezembro, um deslizamento de terra e rocha atingiu o condutor adutor, causando sua ruptura e a instabilidade nos taludes do circuito hidráulico.
A usina integra um conjunto de oito PCHs da CEEE-G, arrematada pela Companhia de Siderúrgica Nacional (CSN) em agosto de 2022. Na ocasião, a siderúrgica informou que, entre outros motivos, a aquisição reforçaria o fornecimento de eletricidade às suas operações.
Em nota encaminhada à MegaWhat, a CSN pontou que está realizando os estudos para restabelecer a condição operacional da usina e que, atualmente, unidade geradora afetada por “eventos climáticos extremos” representa menos de 1% da sua capacidade de geração.
Temporal no Paraná
Após inundação na casa de força, ocorrida em outubro, a UG3, de 6,46 MW, da PCH Cantú 2, também teve a operação suspensa pela autarquia.
Instalada entre os municípios de Laranjal e Nova Cantu, no Paraná, a unidade deve retomar a operação em abril, conforme estimativa da titular, empresa Cantú Energética, subsidiária da Brennand Energia.
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Geração
A AES Brasil obteve autorização para iniciar a operação comercial das UG3 a UG7 e da UG10 a UG12, somando 45,6 MW, da eólica Cajuína B11, localizada entre os municípios de Fernando Pedroza e Lajes, no Rio Grande do Norte.
Também na região, a Engie Brasil foi liberada para a geração das UG1 e UG3, num total de 12,4 MW, da eólica Santo Agostinho 4.
No município de Ibipeba, na Bahia, a Statkraft Brasil poderá operar comercialmente a UG6, de 5,7 MW, da eólica Ventos de Santa Eugenia 05; a UG1, de 5,7 MW, da eólica Ventos de Santa Eugenia 08; as UG5 e UG6, que somam 11,4 MW, da eólica Ventos de Santa Eugênia 09; a UG8, de 5,7 MW, da eólica Ventos de Santa Eugenia 10; as UG5 e UG7, totalizando 11,4 MW, da eólica Ventos de Santa Eugênia 13, e a UG4, de 5,7 MW, da eólica Ventos de Santa Eugenia 14.
Teste
Ainda da fonte eólica, a Aneel autorizou o teste da UG3, de 5,7 MW, da eólica Morro 2; da UG10, de 4,5 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 13; das UG1 a UG3, que somam 18,6 MW, da eólica Santo Agostinho 18; a UG4, de 4,5 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 11; e a UG5, de 4,5 MW, da eólica Ventos de Santa Luzia 11.
As usinas estão situadas no município de Brotas de Macaúbas, na Bahia, e nas cidades de Serra de São Bento, São José do Campestre, Pedro Avelino e Monte das Gameleiras, no Rio Grande do Norte.
No Rio Grande do Sul, a CGH Focchezan recebeu aval para realizar teste na UG1, de 0,5 MW, localizada no município de Nova Bassano.
Em Serra, no Espírito Santo, a autarquia liberou o teste da UG1, de 0,226 MW, da UFV Fortlev Solar I. Também da fonte solar, foi liberada a UG1, de 0,51 MW, da UFV Pvp, situada em Parnaíba, no Piauí.
DRO
Ainda no estado, mas no município de Piripiri, a Aneel registrou o requerimento de outorga (DRO) da UFV Piripiri, com 104,4 MW.
O requerimento é um passo anterior à outorga e tem a finalidade de permitir que o agente interessado em um empreendimento solar, térmico ou eólico solicite informação de acesso ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), bem como as licenças necessárias.
ACL
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) foi autorizada a reclassificar as empresas Agroenergia, Liberty Energy, Tempo Energia e Voqen Energia como comercializadores sem limitação para registro de montantes de venda no Sistema de Contabilização e Liquidação até próxima análise.
Estudos de inventários
A autarquia também registrou a compatibilidade do sumário executivo com os estudos de inventário hidrelétrico e com o uso do potencial hidráulico por meio da emissão do Registro de Adequabilidade (DRS-PCH) da PCH Piolhinho (8,7 MW), no Mato Grosso.
No Pará, os estudos de inventário hidrelétrico da Bacia do rio São Benedito, sub-bacia 17, bacia hidrográfica do rio Amazonas, no estado do Pará, apresentados pela empresa HP Energética, foram aprovados.
Mudanças
Foram autorizadas as transferências das autorizações da UFV Pedra Pintada 1 a 6 e a titularidade da PCH Machado Mineiro.
Reforços
Furnas recebeu aval para implantar reforços nas instalações de transmissão da subestação Guarulhos 345 kV, com Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 11,35 milhões e prazo para entrada de operação comercial de até 24 meses.
Com estimativa de operação comercial em até 30 meses e somando uma RAP de R$ 3,22 milhões, a Chesf também recebeu aval para implantar reforços na subestação de Mossoro IV.