A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aceitou o pedido da RGE Sul, da CPFL, e aprovou um reajuste tarifário zero para a distribuidora, que teve sua área de concessão afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul em maio. Os valores que seriam cobrados no reajuste tarifário serão diferidos e recompostos nos processos tarifários de 2026 e 2027.
Segundo a companhia, a postergação para 2026 tem o objetivo de melhorar a acomodação dos impactos tarifários, já que a retirada de 8,94% nos itens financeiros considerada no reajuste atual teria efeito inverso no reajuste de 2025. A Aneel acatou a sugestão por considerar adequada a atenuação dos efeitos médios futuros.
Sem o diferimento, a tarifa da distribuidora teria aumento de 12,33%, sendo 12,47% para alta tensão e 12,26% para baixa tensão. A tarifa aprovada, por sua vez, representa efeito médio zero, com alta ligeira de 0,16% na alta tensão e -0,06% na baixa tensão.
O aniversário do reajuste tarifário da distribuidora foi em 19 de junho, mas a RGE pediu e obteve aval da Aneel para que o processo fosse adiado em dois meses, devido aos danos causados pela enchente em sua área de concessão, para evitar que a situação econômica enfrentada por seus consumidores fosse agravada pelo aumento na conta de luz.
Recentemente, a RGE Sul obteve aprovação de um empréstimo de R$ 1,4 bilhão do BNDES, recursos que serão investidos na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e também ajudarão a custear o diferimento do aumento tarifário até 2026.