As discussões sobre o fim do prazo de concessão das distribuidoras deveriam acontecer ainda em 2023, para Gustavo Estrella, presidente da CPFL Energia. Segundo ele, isso criaria um ambiente para estimular a competição entre as concessões, trazendo mais eficiência para o segmento. Quase 20 contratos terão seus vencimentos entre 2025 e 2031, sendo a EDP Espírito Santo a primeira a passar pelo processo, em julho de 2025.
“Esse é um tema que está na mesa. Está chegando o prazo da primeira concessão a ser renovada, e a primeira após aquela leva de 2015. Esse assunto tem que ser endereçado ao longo deste ano, e o nosso papel é de contribuir para o debate”, afirmou Estrella em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 17 de março.
A companhia tem até novembro de 2027 para renovar as concessões do grupo no segmento de distribuição de energia. Prazo que também é muito próximo da abertura total do mercado de energia, prevista para ocorrer em 2028.
Hoje a CPFL possui 14% de participação no segmento de distribuição do país. As distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Santa Cruz e RGE atuam nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.
Relembrando a Medida Provisória 579/2022, que propôs a prorrogação antecipada e onerosa das concessões de geração de energia que venceriam entre 2015 e 2017, Estrella afirmou que a companhia segue fazendo interações recorrentes com o Ministério de Minas e Energia (MME) e com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para discutir o tema e outros assuntos.
Com investimento previsto da ordem de R$ 50 bilhões para implementação de cerca de 15 mil quilômetros de novas linhas de transmissão dos próximos leilões, o executivo informou que a companhia está avaliando sua participação focada em lotes de menor porte.
Sobre a nomeação do ex-diretor da Aneel, Efrain da Cruz, para a secretária-executiva do MME, Estrella disse que a escolha será benéfica para o setor, visto a experiência e perfil técnico de Cruz.
4T22 CPFL Energia
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