Distribuição

Empréstimo de R$ 15 bi para distribuidoras deve ser suficiente para ajudar na liquidez, diz Fitch

Empréstimo de R$ 15 bi para distribuidoras deve ser suficiente para ajudar na liquidez, diz Fitch

O novo empréstimo de até R$ 15 bilhões para as distribuidoras, em discussão pelo governo, instituições financeiras e agentes do setor, deve ser suficiente para compensar os descasamentos de fluxo de caixa das companhias e vai ajudar na sua liquidez. A avaliação é da agência de classificação de riscos Fitch. 

Segundo a agência, o empréstimo não deve aumentar o endividamento das distribuidoras, tendo condições semelhantes às da Conta-Covid, financiamento tomado em 2020 pelas concessionárias para cobrir as despesas da sobrecontratação involuntária que resultou da queda brusca de demanda por energia.

Se a nova operação tenha prazo de pagamento em torno de cinco anos, como aconteceu com a Conta-Covid, haverá “importante diluição” dos efeitos tarifários em 2022, beneficiando o controle de perdas e índices de inadimplência, segundo a Fitch.

O desequilíbrio de caixa das distribuidoras foi provocado pelo aumento dos custos de geração térmica para garantia de abastecimento durante a crise hídrica, ao mesmo tempo em que os recursos arrecadados por meio do mecanismo das bandeiras tarifárias não são suficientes para cobrir esses custos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

No início de outubro, a MegaWhat Consultoria estimava que o déficit da Conta Bandeiras ao fim deste ano seria de R$ 7,97 bilhões.

Segundo a Fitch, o montante deve ser ainda maior, e será possível ter uma noção ao fim da temporada de balanços do terceiro trimestre. Ao fim de junho, os dez principais grupos do país com atuação em distribuição de energia totalizava descasamento de caixa de R$ 4,5 bilhões, reportados como saldo da CVA. Até o momento, Enel, Neoenergia e EDP Brasil já divulgaram os resultados, que apontam para um incremento de R$ 4,3 bilhões ao saldo de junho.