Distribuição

Expansão da GD demandará ampliação e reforço da rede de transmissão, diz ONS

A expansão da geração distribuída (GD) no Brasil, que superou 14 (GW) de capacidade instalada, vai demandar reforço da malha de transmissão do país, afirmou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, à MegaWhat, nesta quarta-feira, 16 de novembro. Segundo o executivo, o crescimento da fonte solar fotovoltaica descentralizada, estimulado pela queda de custo e os benefícios ambientais, trará consigo a necessidade de expandir a rede de transmissão, para assegurar o abastecimento elétrico, quando os sistemas de GD não estiverem operando. “Por mais paradoxal que pareça, a expansão da GD traz maior responsabilidade da transmissão e das características que essa transmissão vai ter, quando não houver [geração de energia de sistemas de] GD”, disse Ciocchi.

Expansão da GD demandará ampliação e reforço da rede de transmissão, diz ONS

A expansão da geração distribuída (GD) no Brasil, que superou 14 (GW) de capacidade instalada, vai demandar reforço da malha de transmissão do país, afirmou o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, à MegaWhat, nesta quarta-feira, 16 de novembro. Segundo o executivo, o crescimento da fonte solar fotovoltaica descentralizada, estimulado pela queda de custo e os benefícios ambientais, trará consigo a necessidade de expandir a rede de transmissão, para assegurar o abastecimento elétrico, quando os sistemas de GD não estiverem operando.

“Por mais paradoxal que pareça, a expansão da GD traz maior responsabilidade da transmissão e das características que essa transmissão vai ter, quando não houver [geração de energia de sistemas de] GD”, disse Ciocchi.

Segundo ele, o planejamento da transmissão não pode mais ser feito baseado apenas na carga. É preciso haver uma sobrecapacidade da rede, para comportar a GD adequadamente. “Vamos ter que reforçar a transmissão”, completou.

COP27

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Ciocchi conversou com a MegaWhat diretamente de Sharm el-Sheikh, no Egito, onde acontece a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP27). Esta é possivelmente a primeira vez que o ONS participa da conferência climática da ONU. O time do operador no Egito é formado por quatro integrantes.

“Sempre participamos de seminários mais técnicos. Mas pensamos bastante [em participar da COP27] dentro da estratégia de estarmos mais conectados com a sociedade. E aqui [na COP27] são discutidas as tendências mundiais e sobre como devemos nos preparar para o futuro”, disse Ciocchi, ressaltando que a conferência deste ano, que ocorre na África, tem sido marcada por uma discussão intensa sobre os aspectos sociais da mudança do clima.

Nuclear

O diretor-geral do ONS disse que a fonte nuclear é um assunto pouco debatido na COP27, apesar de ser uma fonte segura e que não emite gases de efeito estufa. “O planeta vai ter que ter essa discussão [sobre a geração de energia nuclear”, afirmou ele. “Pelo menos Angra 3 tem que terminar [de ser construída]”.

Questionado sobre uma possível agenda no Egito com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ou com integrantes da equipe de transição do governo, Ciocchi disse não ter nenhum encontro marcado com eles. O diretor-geral do ONS iniciará a viagem de volta ao Brasil nesta sexta-feira, 17 de novembro.

Período chuvoso

Sobre a transição entre os períodos seco e chuvoso no Brasil, Ciocchi disse que, apesar de nessa mesma época do ano passado ter havido uma intensidade maior de chuvas do que hoje, já há sinais de que “a chuva está chegando no Norte, Nordeste e Sul”. Com relação ao Sudeste/Centro-Oeste, a expectativa é positiva, explicou.

De qualquer forma, lembrou o diretor-geral do ONS, o cenário de abastecimento elétrico este ano é muito mais confortável do que aquele observado no fim do ano passado, ainda sobre forte efeito da crise hídrica. O nível médio de armazenamento nos reservatórios hidrelétricos do Sistema Interligado Nacional (SIN) atualmente é de 53,8%, contra 25,5% observados em igual período de 2021.

Perguntado sobre a discussão em torno da volta do horário de verão, Ciocchi afirmou que este assunto depende de definição do Ministério de Minas e Energia. Segundo ele, porém, do ponto de vista estritamente elétrico, não há mais necessidade de aplicar o horário diferenciado. A questão, explicou ele, deve-se hoje mais a outros setores da economia.

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