Após apagão

MME acompanha medidas da Enel São Paulo e promete voltar para avaliar resultados após verão

Edifício da Enel Distribuição, em São Paulo
Edifício da Enel Distribuição, em São Paulo / Crédito: Divulgação | Enel

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, esteve na manhã desta quinta-feira, 12 de setembro, na base da Enel São Paulo em Guarapiranga, zona sul da capital paulista, para conhecer as medidas implementadas pelo grupo italiano para assegurar resiliência da rede e enfrentar o próximo período chuvoso que começa no verão, época em que normalmente são registrados mais problemas na rede, resultado de ventos, quedas de árvores e inundações, principalmente.

A visita aconteceu dez meses depois do apagão que deixou São Paulo no escuro por quase uma semana, em novembro de 2023, e colocou a Enel na mira de críticas dos governos federal, estadual e municipais.

“Depois daquele evento e da nossa cobrança, houve realmente um planejamento muito mais adequado para enfrentamento do verão, mas voltaremos aqui para avaliar os resultados efetivamente após o verão”, disse Silveira, em entrevista a jornalistas depois do evento.

O ministro aproveitou a ocasião para conversar com eletricistas, conhecer o centro de treinamento da Enel e para se reunir com o ministro do Meio Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto Fratin, e com o presidente da Enel no Brasil, Antônio Scala.

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“Estamos atuando com mais transparência e de forma proativa e assertiva. Passamos por uma total revisão do protocolo de casos de contingências, aumentamos as parcerias com provedores de previsões climáticas, e agilizamos o processo de comunicação aos clientes antes, durante e depois dos eventos climáticos”, disse Scala.

As equipes próprias da Enel em campo também tiveram aumento significativo, e a empresa está constituindo uma frota de 900 equipamentos para geração emergencial, que incluem geradores, subestações móveis e estações elevadoras móveis.

Todos os protocolos implementados pela Enel passaram por um “gigantesco simulado de crise” na semana passada, segundo Scala, que durou dois dias.

O plano de investimentos de 2024 a 2026 envolve R$ 20 bilhões, sendo que 80% deste montante vai para as três distribuidoras do grupo: R$ 6,2 bilhões para a Enel São Paulo, R$ 4,8 bilhões para a Enel Ceará, e R$ 3,5 bilhões na Enel Rio.

Os recursos vão se refletir em construção e modernização de subestações e outras infraestruturas, digitalização da comunicação e troca de muitos equipamentos. A Enel informou ainda que vai dobrar as podas de árvores preventivas feitas por ano. Até agosto deste ano, foram feitas mais podas do que todo o ano de 2023.