O reajuste em 52% do valor da bandeira vermelha patamar 2, para R$ 9,49 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, aprovado esta semana pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vai evitar um acúmulo elevado de custos para o consumidor nos processos tarifários, além de adequar o fluxo de caixa das distribuidoras, de acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
“O objetivo da bandeira tarifária é cobrir o aumento de custo por despacho térmico e criar condição adequada de caixa [para as distribuidoras]”, afirmou o presidente da Abradee, Marcos Madureira.
A elevação do preço da bandeira tarifária vermelha patamar 2 ajuda o fluxo de caixa das distribuidora porque reduz o volume de recursos que as companhias precisam desembolsar para custear a operação térmica. Antes da aplicação do sistema de bandeiras, as distribuidoras custeavam o despacho termelétrico e só eram reembolsadas nos processos tarifários. Esse aspecto gerou um impacto relevante de descasamento de caixa das distribuidoras na crise hídrica de 2014.
Madureira ressaltou ainda que o aumento do valor da bandeira vermelha patamar 2 neste momento ajuda a sinalizar ao consumidor as condições atuais de operação do sistema elétrico brasileiro, que está demandando o acionamento de termelétricas com custos de operação elevados.