Congresso

Câmara retira abertura do mercado e indenização ao PI da MP da Eletrobras

Câmara retira abertura do mercado e indenização ao PI da MP da Eletrobras

Pelo menos duas emendas serão retiradas da Medida Provisória 1.031, que trata da privatização da Eletrobras, para votação pela Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira, 21 de junho. Após reunião de líderes da Câmara, serão excluídas a emenda que prevê a abertura total do mercado de energia até 2026 e a que a estabelece uma indenização de R$ 260,4 milhões ao governo do Piauí pela privatização da Cepisa, distribuidora que atende o estado e pertence à Equatorial Energia.

De acordo com o relator da MP na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), que concedeu há pouco entrevista coletiva sobre o assunto, o relatório final da MP mantém 95% do que texto que foi feito no Senado.

Questionado se a decisão de incluir no artigo primeiro da MP a obrigatoriedade de contratação de termelétricas a gás natural seria uma estratégia para evitar um eventual veto por parte do governo, Nascimento disse que “é mais ou menos isso”. “Fica mais assegurado que a vontade do Congresso vai prevalecer nesse assunto”, completou.

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Perguntado sob as críticas com relação ao aumento de custos ao consumidor, devido à emendas incluídas na MP, Nascimento disse que ele trabalhou com base nos números do Ministério de Minas e Energia, que, na verdade, segundo ele, indicou uma redução do custo da energia. “Estamos baseados em números do governo. Apareceu muita fake news”, disse.

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Abertura do mercado

Com relação à emenda de abertura total do mercado até 2026, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), relator da MP no Senado, disse que a retirada do tema do texto final na Câmara atende a um pedido do governo, que espera ver esse assunto discutido no projeto de lei 414/2021. O texto, que está na Câmara, é oriundo do projeto de lei do Senado (PLS) 232/2016, aprovado ano passado no Senado.

“Depois dessa [MP 1.031], é ainda mais urgente a aprovação do PL 414”, afirmou Rogério. “O [PL] 414 se impõe como uma medida necessária e, posso dizer, até de certa maneira urgente”.