Jabutis à vista

PL da eólica offshore entra na pauta do Senado de quarta-feira

Antes, texto precisa passar pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), em votação agendada para terça-feira, 11 de dezembro

Senador Weverton (PDT-MA), relator do PL 576, fala ao telefone durante sessão deliberativa da Casa
Senador Weverton (PDT-MA), relator do PL da eólica offshore, fala ao telefone durante sessão deliberativa da Casa | Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

A votação do Projeto de Lei 576/2021, que cria o marco legal da geração eólica offshore, está prevista no plenário do Senado na sessão deliberativa de quarta-feira, 11 de dezembro, antes mesmo da sua aprovação pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) da casa.

O texto, polêmico desde a inclusão de emendas não relacionadas ao tema pela Câmara, no ano passado, chegou a ser pautado na CI do Senado na semana passada, mas teve a apreciação postergada após pedido da maioria da Casa.

Antes da votação em plenário, o PL precisa passar pela CI e ter aprovado um pedido de regime de tramitação de urgência, para que sejam dispensadas outras análises prévias.

O PL das eólicas offshore tramitou antes no Senado Federal e seguiu para a Câmara em 2022, mas voltou à casa inicial após sofrer mudanças pelos deputados, que incluíram no fim do ano passado emendas com subsídios beneficiando desde as renováveis até o carvão mineral.

Novos subsídios

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Na semana passada, o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator do texto, apresentou seu relatório em que manteve a maior parte dos subsídios, com exceção da prorrogação do prazo dos descontos integrais do Fio B para geração distribuída.

A perspectiva de aprovação do PL nesta semana tem renovado a mobilização de entidades do setor que se posicionam contrariamente.

Uma carta assinada por associações de consumidores, geradores, distribuidores, transmissores e comercializadores de energia aponta que a aprovação vai impor cerca de R$ 440 bilhões em custos aos consumidores até 2050, uma despesa de R$ 17,5 bilhões por ano, com impacto de 7,5% nas contas de energia.

Segundo a carta, considerando o consumo médio familiar, as emendas em questão equivalem ao pagamento das contas de energia de aproximadamente 9 milhões de famílias até 2050.