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Reclamações relacionadas a MMGD crescem na área de concessão da Amazonas Energia

Com quase 1 milhão de unidades consumidoras, a Amazonas Energia apresentou um aumento de 67,7% nos números de reclamações relacionadas aos serviços técnicos da companhia nos últimos 12 meses. A maior parte desse crescimento, segundo André Ruelli, superintendente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), envolve conexões de micro e minigeração distribuída.

Reclamações relacionadas a MMGD crescem na área de concessão da Amazonas Energia

Com quase 1 milhão de unidades consumidoras, a Amazonas Energia apresentou um aumento de 67,7% nos números de reclamações relacionadas aos serviços técnicos da companhia nos últimos 12 meses. A maior parte desse crescimento, segundo André Ruelli, superintendente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), envolve conexões de micro e minigeração distribuída.

“[reclamações dos] serviços técnicos tiveram uma alta de 67,7% nos últimos cinco anos, devido ao aumento da geração fotovoltaica, e que cresceu no Brasil todo, principalmente no setor de mini e microgeração distribuída. Hoje, quase 856 mil unidades consumidoras são de baixa tensão, que possui 120% em perdas projetadas”, disse o superintendente de Mediação Administrativa, Ouvidoria Setorial e Participação Pública da agência durante audiência pública na Câmera dos Deputados.

Entre 2019 e 2023, segundo Ruelli, a Amazonas Energia obteve cerca de 10 mil reclamações por unidade consumidora. Do número, houve redução nas reclamações de faturamento (-32,8 %), em qualidade do fornecimento (- 40,4%), no atendimento (- 40,8%), serviços comerciais (- 60,6%) e em cobranças (-71,7%).  

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A audiência pública ocorreu após pedido do deputado Fausto Santos Jr. (União-AM), que relatou o recebimento de denúncias sobre a suspensão do fornecimento de energia elétrica pela distribuidora sem aviso prévio, causando prejuízos aos consumidores. 

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Durante a sessão, Alberto Nascimento, procurador-geral de Justiça do Amazonas, disse que o serviço prestado pela companhia precisa evoluir e que o Ministério Público está atuando em municípios para restabelecer o fornecimento de energia, principalmente em comunidades no interior.  

Para Márcio Zimmermann, presidente da Amazonas Energia, o maior empecilho da companhia está nas perdas técnicas que podem ser solucionadas com a troca dos medidores analógicos por inteligentes. 

“Nós fizemos um protótipo de [medição inteligente] em regiões com perdas em torno de 37%. Neste teste, as perdas caíram para 6%, com os medidores passando por todos os testes do setor elétrico”, disse o executivo. 

A companhia pretende investir cerca de R$ 2 bilhões até 2030 para instalar seu Sistema de Medição Centralizada (SMS), trocando cerca de 440 mil medidores analógicos por eletrônicos em Manaus.  

O plano prevê a troca de 86 mil medidores neste ano e em unidades consumidoras localizadas em áreas onde o furto de energia é elevado. A medição centralizada tem dois objetivos: trazer mais eficiência operacional e reduzir o furto de energia, que hoje é de 42%.