A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) teria perdido seu poder nos últimos anos, com a criação de uma agenda pautada pelo Congresso Nacional, disse o economista-chefe do BTG Pactual, Mansuetto Almeida.
“Com toda a boa vontade do Congresso, ao invés de criar mais segurança jurídica, com tanta mudança de regras, muitas vezes, não se percebe que pode criar mais insegurança jurídica no longo prazo”, disse.
Para ele, a visão de futuro, com a expectativa de crescimento do mercado livre, é de tarifas mais altas para os consumidores de energia atrelados às suas distribuidoras, ‘o que vai tornar inviável o pagamento da conta por vários consumidores’.
“Todo esse emaranhado de subsídios que tem no setor elétrico, e quem não é do setor não entende que é muito difícil, está impactando o preço da energia no mercado cativo”, ressaltou o economista que participou de forma virtual do Fórum de Líderes em Energia.
Perda de valor macroeconômica e setorial
No Brasil, no ano passado, o Real perdeu 27% do valor em um período de 12 meses, sendo uma das maiores desvalorizações do mundo. A queda foi motivada por um risco macroeconômico, devido as dúvidas de cumprimento ou não das regras fiscais pelo governo brasileiro.
“A gente tem visto uma série de mudanças regulatórias ou, então, de propostas de mudanças regulatórias que trazem custo adicional para o sistema. Isso realmente atrapalha o crescimento do investimento”, contou Mansuetto.
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