Empresas

Athon pede revisão do Cade para compra de empresa de GD no Rio de Janeiro

Painel Solar - Crédito: Marcos Santos (USP Imagens)
Painel Solar | Marcos Santos (USP Imagens)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não tomou conhecimento da compra de 40% do capital social pela Athon Energia em uma joint venture (JV) com a Soleil Energia. Segundo o despacho do órgão antitruste, o grupo Hpar, responsável pela Soleil, não teria faturamento superior a R$ 75 milhões, conforme apresentando pelas empresas. Desta forma, a operação não seria de notificação obrigatória.

A intenção da Athon era comprar 40% do capital social detido pela Soleil Energia, do grupo Hpar, na Athon Soleil Energia, JV das empresas, o que resultaria na consolidação do controle da Athon (100%).

Em análise do ato de concentração, o Cade destacou que um dos seus artigos e a portaria interministerial dos Ministérios da Fazenda e Justiça preveem que serão submetidos para análise negócios que envolvam pelo menos um dos grupos com faturamento de R$ 75 milhões e R$ 750 milhões.

No entanto, entre as empresas envolvidas na operação, apenas a Athon atinge o requisito, com faturamento acima de R$ 750 milhões. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Desta forma, o Cade arquivou o processo sem análise de mérito. Entretanto, a Athon e a Soleil apresentaram novas informações para entrar nos requisitos do Cade e pediram revisão do ato. 

Justificativas da operação

A Athon Soleil Energia é responsável por projetos de geração distribuída (GD) solar no Rio de janeiro. Ao Cade, a Soleil destacou que a venda significaria a desconcentração de seus negócios em GD no estado e uma oportunidade de rentabilizar seus investimentos.

A Athon, por sua vez, argumentou que a aquisição representa a consolidação do seu controle sobre a joint venture, o que está em linha com sua estratégia de investimento.

Empresas

Em 2024, a Athon informou que planejava investir R$ 1 bilhão nos próximos dois anos para garantir a expansão em geração distribuída remota, com o desenvolvimento de novas plantas e parcerias ou aquisições (M&A, na sigla em inglês).  

Em entrevista à MegaWhat, Breno Megale, sócio-diretor da companhia, afirmou que o foco erasair dos atuais 160 MWp de potência instalada para 250 MWp em 2024 e, na sequência, chegar próximo aos 600 MWp até meados de 2026. 

Conforme dados do seu site, atualmente, a Athon está presente em oito estados e no Distrito Federal com 50 usinas. Os projetos somam 162 MWp de potência instalada. A empresa ainda detém 125 MWp em desenvolvimento.

A companhia atua no mercado de geração distribuída de energia elétrica desde 2017, com foco na geração distribuída remota. O grupo detém participação em ativos de geração de energia renovável, principalmente da fonte solar fotovoltaica, cujo modelo de negócio envolve a locação de ativos e de imóveis, bem como a manutenção destes ativos, para consumidores corporativos.

Já a Soleil faz parte do grupo Hpar, holding que investe em outras sociedades empresárias, e também desenvolve projetos de geração fotovoltaica e atende casas, condomínios e empresas.