A AXS Energia, startup do grupo Roca, planeja investir R$ 1,8 bilhão até 2027 para dobrar sua capacidade instalada de usinas solares no modelo de geração distribuída e implementar sua primeira usina de geração centralizada. A empresa ainda estuda participação no primeiro leilão exclusivo para baterias, previsto para ser realizado pelo governo no próximo ano.
Em geração distribuída solar, o objetivo da empresa é saltar dos atuais 178 MW para 350 MW, provenientes de 113 usinas. Atualmente, a empresa detém 56 plantas de GD conectadas nos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Com a expansão, a AXS Energia espera alcançar 50 mil unidades de consumo, incluindo pequenos comércios e residências.
Segundo a empresa, os planos fazem parte do seu projeto de expansão iniciado em 2021, quando investiu cerca de R$ 1,9 bilhão por meio do aporte de acionistas e emissão de títulos de dívidas. No período, o investimento teve como objetivo a construção de novas usinas e a implantação de um sistema de gestão comercial e industrial, movimento que resultou em uma base de cerca de 15 mil clientes.
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Na modalidade geração centralizada, a empresa pretende construir uma usina solar com 180 MW no estado de Minas Gerais.
“Em 2026, vamos iniciar nosso projeto de geração centralizada que será comercializada no mercado livre de energia, no modelo de mercado varejista. Toda a parte de licenciamento já está encaminhada. Estamos aguardando que a subestação seja ampliada para termos condição de conectar nossa usina no segundo semestre de 2027”, afirmou Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da AXS Energia.
Armazenamento de energia
A AXS também está avaliando sua entrada em armazenamento e pretende participar de um leilão promovido pelo governo, voltado à contratação de baterias para o sistema elétrico. O leilão está em fase de consulta pública.
No momento, a empresa está desenvolvendo quatro projetos de armazenamento de energia por baterias, cada um com capacidade de 200 MWh, com expectativa de instalação nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. O objetivo é que esses projetos sejam capazes de fornecer 50 MWh de potência ao longo de quatro horas diárias
“Acreditamos que baterias de pequeno, médio e grande porte serão bastante interessantes e vão ser a próxima grande onda da transformação energética no Brasil. Todos terão em suas casas, no seu comércio ou na sua indústria sistemas de bateria para poder se beneficiar de algumas outras condições específicas do setor elétrico que permitem baratear o custo da geração”, disse o presidente da AXS Energia.