A Casa dos Ventos e a Comerc Eficiência assinaram um memorando de entendimento (MoU) com a TransHydrogen Alliance (THA) para viabilizar a exportação de amônia verde produzida no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), no Ceará. Com a nova parceria, as companhias estimam que a produção da primeira fase, prevista para 2026, será exportada para a Europa por meio do Porto de Roterdã, na Holanda.
Em dezembro, as companhias haviam assinado um pré-contrato com o Complexo do Pecém, para instalação de unidade de produção de hidrogênio e amônia verde, com capacidade de até 2,4 GW de eletrólise, produzindo 960 toneladas de amônia por ano.
“Queremos usar os recursos renováveis abundantes no Ceará e nos estados vizinhos para ampliar nossas soluções de descarbonização para o exterior. Estamos unindo forças com um grupo de empresas que poderá contribuir com o desenvolvimento tecnológico do projeto e com um portfólio de clientes internacionais.”, afirma Lucas Araripe, diretor-executivo da Casa dos Ventos.
Para Marcel Haratz, presidente da Comerc Eficiência, o projeto deve colaborar para a inclusão do Brasil como um player importante no setor, já que o hidrogênio é uma tendência mundial, se destacando como o combustível do futuro sustentável.
“Com a visão que o Brasil pode ser uma potência global na produção e exportação de hidrogênio verde, alavancando uma das matrizes de energia mais limpas do mundo, a THA escolheu Pecém como um dos locais mais promissores para produzir e fornecer hidrogênio verde para Europa. Ao combinar forças, uniremos habilidades e capacidades de líderes da indústria em toda a cadeia, desde o fornecimento de energia renovável, tecnologia de produção, armazenamento e logística, transporte marítimo e entrega aos clientes no porto de Roterdã.”, afirma observa Paul Baan, CEO da THA.
As companhias estimam que o hidrogênio e a amônia verde devem movimentar entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões anuais até 2040.
A Comerc Eficiência faz parte do grupo Comerc Energia, que também é controlador da MegaWhat.
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