A Petrobras teve lucro de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de mais de 3.700% em comparação com o lucro do mesmo intervalo do ano passado, que foi de R$ 1,2 bilhão, afetado negativamente pelo resultado financeiro da companhia, que sofreu com a desvalorização do real frente ao dólar
Além do maior volume de vendas, o resultado da companhia neste início de ano foi fortemente afetado pelo preço do barril do Brent, que saiu de uma média de US$ 60,90 entre janeiro e março de 2021 para US$ 101,40 nos primeiros três meses deste ano.
A receita da estatal cresceu 64,4% no trimestre, a R$ 141,6 bilhões. A receita de venda de derivados cresceu 56,4%, a R$ 81,4 bilhões, com destaque para a receita de venda de diesel, que subiu 54,5%, a R$ 38,8 bilhões, e a de gasolina, que avançou 75,3%, a R$ 19,4 bilhões.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 77,7 bilhões, aumento de 58,8% na comparação anual.
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O resultado financeiro da Petrobras veio positivo em R$ 2,9 bilhões no trimestre, contra um resultado negativo de R$ 30,7 bilhões no primeiro trimestre do ano passado, quando a exposição cambial era mais elevada e causava maior volatilidade no resultado financeiro.
O fluxo de caixa livre do trimestre subiu de R$ 31 bilhões para R$ 40,4 bilhões. Ao fim de março, a companhia tinha R$ 87,6 bilhões no caixa.
A dívida bruta da Petrobras terminou março em US$ 58,5 bilhões, 17,5% menor que a cifra do fim de março do ano passado, de US$ 71 bilhões. A dívida líquida, por sua vez, chegou a US$ 40 bilhões, 31,4% menor na comparação anual. Com isso, o indicador de alavancagem, medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, caiu de 2 vezes para 0,81 vezes.
Com a dívida bruta abaixo de US$ 65 bilhões, a companhia anunciou a distribuição de R$ 48,5 bilhões em dividendos aos acionistas, equivalentes a R$ 3,71 por ação ordinária ou preferencial. Uma parte significativa do montante irá para a União, principal sócia da companhia.
