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Com alto custo do gás, Unigel paralisa fábricas de fertilizante nitrogenados

Após a Petrobras informar que não encontrou irregularidades no contrato de tolling com a Unigel, a petroquímica anunciou nesta terça-feira, 6 de fevereiro, a paralisação temporária das fábricas de fertilizantes nitrogenados instaladas na Bahia e em Sergipe. O principal motivo da paralisação é o alto custo do gás natural, principal matéria-prima dos ativos no país e que, segundo a Unigel, custa cerca de seis vezes mais que no Oriente Médio e nos Estados Unidos.

Fábrica da Unigel
Fábrica da Unigel

Após a Petrobras informar que não encontrou irregularidades no contrato de tolling com a Unigel, a petroquímica anunciou nesta terça-feira, 6 de fevereiro, a paralisação temporária das fábricas de fertilizantes nitrogenados instaladas na Bahia e em Sergipe.

O principal motivo da paralisação é o alto custo do gás natural, principal matéria-prima dos ativos no país e que, segundo a Unigel, custa cerca de seis vezes mais que no Oriente Médio e nos Estados Unidos.

Na nota, a empresa afirma que ingressou no setor em 2020 por “acreditar na abertura do mercado livre de gás natural no país” investindo cerca de R$ 600 milhões nas fábricas de fertilizantes nitrogenados. Entretanto, a Unigel destaca que vem “suportando” prejuízos durante os anos de 2023 e 2024, para preservar a maioria de seu quadro de funcionários nos ativos, com a expectativa de que fossem bem-sucedidas as negociações e frentes de trabalho buscando a redução do preço do combustível via governo federal.

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A empresa aponta ainda que as fábricas, arrendadas da estatal pela Unigel, em contratos de dez anos, em 2020 e que estão envolvidas no acordo de tolling – alvo de análise do Tribunal de Contas da União (TCU) sob suspeita de fraude, além da parceria estratégica em combustíveis renováveis junto à Petrobras, eram alternativas temporárias para a companhia, porém os contratos não entraram em vigor até o momento.

O contrato

Em relação ao contrato de tolling, a Unigel cita a verificação do TCU e afirma que desconhece as acusações, tendo agido regularmente durante a negociação.

Além disso, a empresa aponta que a negociação com a Petrobras depende do cumprimento de condições precedentes para entrar em vigor e que, uma vez cumpridas as condições precedentes, a companhia poderá reavaliar a retomada da produção.

Enquanto o contrato não entrar em vigor, a Unigel afirma que segue “acreditando na sensibilização do governo federal, através dos poderes executivo e legislativo, dos governos estaduais e da Petrobras quanto às políticas de preço do gás natural destinado à indústria nacional”.