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Com nova vazão, Belo Monte deixará de gerar 6.550 MW médios essa semana, diz CCEE

O descolamento entre o preço de energia e o custo de operação do sistema nessa primeira semana de fevereiro, causado pela decisão do Ibama de determinar que a hidrelétrica Belo Monte aumente a vazão para para 10.900 m³/s, deve gerar um custo de R$ 162 milhões a ser suportado por meio de encargos, de acordo com informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

O Ibama informou na sexta-feira, 29 de janeiro, que a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, deverá liberar a vazão da usina para 10.900 m³/s no período de 1º a 7 de fevereiro. 

Na semana passada, a Norte Energia, concessionária da hidrelétrica, havia defendido que a vazão fosse de 1.600 m³/s, hidrograma médio da usina para o mês de fevereiro.

Segundo a CCEE, com a liberação da vazão máxima, deixarão de ser gerados 6.550 MW médios. O custo dessa energia não gerada, quando valorada ao PLD médio projetado para o período, chega aos R$ 162 milhões. 

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O descasamento se dá porque o Ibama alterou o hidrograma da usina com poucos dias de antecedência. A CCEE entende que alterações na operação só podem ser refletidas nos preços se forem informadas com 30 dias de antecedência, antes da próxima rodada do Programa Mensal da Operação (PMO). Isso significa que, para que a mudança na vazão da usina possa ter reflexos no PLD, o Ibama precisará informar o hidrograma de abril antes da reunião do PMO de março, que acontece no fim de fevereiro.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por sua vez, implementa as mudanças no hidrograma na operação imediatamente, a fim de garantir seu funcionamento adequado. O descasamento entre o PLD e o Custo Marginal da Operação (CMO) acaba sendo custeado por meio de encargo. 

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