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Comerc é 'futuro negócio core' da Vibra Energia, diz presidente

Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)

A Comerc é um futuro negócio “core” (central, na tradução do jargão do mercado) para a Vibra Energia, que vê imenso potencial na migração de seus clientes e parceiros para o mercado livre de energia, disse Wilson Ferreira Junior, presidente da distribuidora de combustíveis, em teleconferência sobre os resultados de 2021.

A MegaWhat faz parte do Grupo Comerc. 

A Vibra anunciou em 2 de março que decidiu exercer a opção de compra de 50% da Comerc. A operação, anunciada em outubro de 2021, envolveu a subscrição de debêntures conversíveis em ações ordinárias representativas de 30% do capital social da Comerc, da ordem de R$ 2 bilhões, e a opção de uma aquisição secundária de 20% da companhia, inicialmente valorada a R$ 1,25 bilhão. A transação também envolve uma opção de compra a partir de 2026, que poderá ser exercida pela Vibra, e uma opção de venda a ser exercida pela Comerc em 2028.

Segundo Ferreira Junior, a forma como o negócio foi feito com a Comerc, com co-controle e potencial de aquisição total no futuro, “vai criar muito valor para a empresa.”

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Inicialmente, a Comerc Energia buscava fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO), mas a operação foi atravessada pela proposta da Vibra. Segundo o executivo, os valores colocados no IPO apontavam que a Comerc atingiria um Ebitda de R$ 1,4 bilhão em quatro anos, o que deve representar um aumento de 20% ao Ebitda da Vibra em 2025.

“Aqui temos a oportunidade, a se verificar no futuro, de controlar a empresa inteira. Eles têm um pipeline não precificado no IPO de mais de 1.100 MW em projetos, e tem incentivos para que a gente viabilize isso. É uma companhia que vai criar muito valor além dos R$ 1,4 bilhão de Ebitda, porque há incentivos para que isso ocorra”, disse o executivo.

Questionado pelos analistas sobre as informações de potenciais de sinergias com a Comerc, o executivo afirmou que a Vibra vai iniciar uma série de reuniões com o mercado financeiro para falar sobre as perspectivas da combinação dos negócios. 

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