A SAP, empresa de tecnologia, e o Grupo de Gestão de Mudanças e Inovação da Universidade de São Paulo (EESC/USP) criaram a Humanizadas, companhia de rating para práticas de ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês), que usará inteligência de dados para mensurar resultados de organizações. O objetivo da nova empresa é apurar possíveis greenwashing, ação caracterizada pela intenção de apresentar uma falsa aparência de sustentabilidade.
“[…] Avaliamos dados públicos, comentários e impressões da sociedade, clientes, parceiros, colaboradores, diretores executivos, stakeholders e C-Levels. Ou seja, vamos além da avaliação ESG, mensurando não apenas questões ambientais, sociais e de governança, mas integrando os níveis de cultura, liderança, consciência e análise semântica nas avaliações”, afirma Pedro Ernesto Paro, CEO e fundador da Humanizadas.
Segundo o estudo Sustentabilidade na Agendas das Lideranças da companhia, nos últimos dois anos, cresceu em 69% o número de empresas alinhadas às boas práticas ESG. A pesquisa avaliou mais de 776 de vários segmentos, em 22 países, incluindo Alemanha, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra. A base de dados completou a vida de mais de 150 mil stakeholders, incluindo benchmark com lideranças, colaboradores, clientes, parceiros e sociedade.
Apesar do crescimento, Paro avalia que hoje há um ponto “cego” do mercado na Agenda ESG, já que olhar para conceitos fundamentais envolve também transição cultural e uma nova atitude das lideranças.