A ISA Cteep espera que o leilão de transmissão previsto para 30 de junho, envolvendo 13 lotes e mais de R$ 15 bilhões em investimentos, será competitivo, e está avaliando a maneira mais adequada de participar da disputa. O objetivo, segundo o presidente da companhia, Rui Chammas, continua sendo encontrar oportunidades rentáveis para seu crescimento.
O leilão contempla ativos que envolvem R$ 2,2 bilhões em receita anual permitida (RAP) máxima, somando 5.289 km de extensão e 6.180 MVA em capacidade. Os três primeiros lotes, concentrados no escoamento da energia solar do Nordeste e norte de Minas Gerais, representam 79% dos investimentos totais do leilão, da ordem de R$ 12,8 bilhões.
“Então talvez tenhamos uma diversidade de players de acordo com as características dos lotes. Estamos fazendo as análises e esperamos conseguir êxito”, disse Carisa Portela Cristal, diretora de finanças e relações com investidores da companhia, durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre do ano.
No trimestre, a Cteep teve lucro líquido regulatório de R$ 112,5 milhões, queda de 63,5% na comparação anual, refletindo a retração da receita da companhia e também a piora do resultado financeiro negativo, devido ao aumento do custo da dívida por conta do cenário macroeconômico.
Segundo Cristal, a tendência é que essa situação seja revertida nos próximos meses, principalmente a partir de julho, quando parte da receita de indenizações por ativos antigos de transmissão que a companhia tem direito, mas cujo pagamento foi parcialmente postergado ano passado, voltam a entrar no caixa.
Além disso, a companhia prevê energizar seis projetos nos próximos seis meses: Aimorés (MG), Biguaçu (SC), Itaúnas (ES), Ivaí (PR), Paraguaçu (BA e MG) e Três Lagoas (MS e SP). Segundo Chammas, eles vão acrescentar R$ 380 milhões em RAP ao caixa da companhia.