Geração

KPS avalia próximo leilão de potência e olha usinas onshore no Brasil

Turca também está prestes a inaugurar projeto solar no Brasil e planeja soluções de captura de carbono

Beyza Ozdemir, diretora regional de Operações Comerciais das Américas da Karpowership
Beyza Ozdemir, diretora regional de Operações Comerciais das Américas da Karpowership | Divulgação Karpowership

A turca Karpowership (KPS), que tem 560 MW em quatro navios-usinas termelétricas atracados no litoral do Rio de Janeiro, avalia participar do próximo leilão de potência. “Vamos ver as regras”, disse à MegaWhat a diretora regional de Operações Comerciais das Américas da Karpowership, Beyza Ozdemir.

Segundo a executiva, a empresa monitora todas as oportunidades, inclusive para usinas em terra. “Consideramos participar dos próximos leilões. E não estamos limitados a leilões de capacidade, nem às nossas soluções flutuantes. Temos interesse em parcerias estratégicas e em usinas em terra”, disse Ozdemir, que esteve nesta quarta-feira, 25 de setembro, na ROG.e, no Rio de Janeiro.

Em terra, a empresa já opera usinas térmicas e solares na Turquia, e solares na Ucrânia. “Temos condições de operar plantas em terra. Por isso também queremos aplicar nossa experiência no mercado brasileiro quando houver oportunidade”, declarou.

O leilão de potência foi anunciado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para acontecer ainda em 2024. A pasta mantém a previsão, embora o cronograma esteja ficando cada vez mais apertado para que o certame ocorra neste ano.

Geração solar no Rio de Janeiro

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A KPS planeja reduzir suas emissões de carbono em cerca de 30% até 2030. Para isso, começa a investir em plantas de energia renovável. No Rio de Janeiro, já há uma instalação que deve começar a operar em 2025 com capacidade de 1,5 MW. Os planos são de atingir até 100 MW no futuro. A produção deve ser destinada à geração distribuída.

A produção de hidrogênio também está nos planos da KPS. “Estamos na fase de pesquisa e desenvolvimento, mas estamos confiantes no hidrogênio. E sem dúvidas o Brasil é um mercado-chave para nossos investimentos em hidrogênio. Mesmo as nossas usinas flutuantes ou potenciais usinas em terra no Brasil poderiam usar hidrogênio”, disse Ozdemir. A molécula poderá ser produzida a partir da eletrólise com energia renovável ou por gás natural – conhecido como “hidrogênio azul”.

Outro projeto para reduzir as emissões da empresa é a captura de carbono, mas os estudos ainda estão em fase inicial. Os países onde a empresa já tem operação são os principais candidatos a receber a solução.

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