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Mercado de carros elétricos ainda demanda melhoria do grid e políticas factíveis, aponta Raízen

Promovendo ações para desenvolver o mercado de carros elétricos no Brasil, como o programa Nova Indústria Brasil (NIB), o governo também precisa aprimorar a infraestrutura do grid - para evitar sobrecarga na rede e episódios de apagões-, e desenvolver políticas “claras e factíveis”, com foco em segurança para barrar “aventureiros ou investimentos desproporcionais” na área. As afirmações foram feitas por Rafael Rebello, diretor de Mobilidade Elétrica da Raízen Power, em entrevista à MegaWhat.

Mercado de carros elétricos ainda demanda melhoria do grid e políticas factíveis, aponta Raízen

Promovendo ações para desenvolver o mercado de carros elétricos no Brasil, como o programa Nova Indústria Brasil (NIB), o governo também precisa aprimorar a infraestrutura do grid – para evitar sobrecarga na rede e episódios de apagões-, e desenvolver políticas “claras e factíveis”, com foco em segurança para barrar “aventureiros ou investimentos desproporcionais” na área. As afirmações foram feitas por Rafael Rebello, diretor de Mobilidade Elétrica da Raízen Power, em entrevista à MegaWhat.

Segundo o executivo, os assuntos são vistos como os ‘gaps’ do setor quando o assunto é recarga. Atualmente, cerca de 70% do custo dos elétricos está na bateria, que podem ser danificadas durante o abastecimento.

“Estamos sentindo na pele as consequências e nada melhor do que tentar solucionar isso. [Existe uma] fila de consumidores que tiveram uma experiência ruim devido a uma infraestrutura que deu algum problema. Um carro que custa cerca de R$ 150 mil e 70% do custo seu custo é a bateria. A qualidade da recarga é fundamental para garantir o aumento da vida útil da bateria daquele veículo”, afirma Rebello.

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Entre as possíveis soluções para esse problema, o executivo defende a educação da população para “desmitificar alguns mitos do setor”, e a colaboração, não só do governo, mas dos agentes da cadeia no debate de políticas “razoáveis” voltadas ao desenvolvimento e à expansão do setor no país, seja por meio do fundo de reserva usado pelas distribuidoras para aumentar o grid, ou por meio de incentivos financeiros tributários, que vão desde o desconto na compra ou na importação dos veículos até incentivos não financeiros – como o voltado para insumos básicos usados na produção de baterias.

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O objetivo da Raízen Power

Em junho de 2022, a Raízen Power inaugurou seu o primeiro eletroposto com a solução Shell Recharge em São Paulo. Atualmente, a companhia atende 500 postos Shell por meio de geração distribuída e pretende inaugurar cerca de 100 carregadores rápidos e 900 carregadores lentos até o final de 2024.

Neste sentindo, a empresa tem acompanhado o emplacamento de veículos elétricos e fechado parcerias com diversas montadoras, sendo a mais recente com a BYD para “antecipar os movimentos do mercado” e entrar em outras regiões fora do eixo Sul e Sudeste, locais onde se localizam a maioria dos carros elétricos do país. Rebello antecipa que a companhia listou cerca de 13 cidades prioritárias para implantar redes de recarga no Centro-Oeste, Nordeste e no Norte do país, entre elas estão Recife, Salvador, Fortaleza, Goiânia e Brasília.

“Nossa ideia, em parceria com as montadoras, que são nossos parceiros históricos, assim como as empresas de logística, é fazer essa avaliação, não só para crescer nos centros urbanos, mas também crescer nas rodovias, crescer nos pontos de conexão, para permitir que o usuário tenha a melhor experiência, sempre voltando à figura essencial do usuário e ao suprimento de energia renovável e competitivo”, disse o executivo.

Além disso, a ecompanhia adquiriu 250 carregadores da startup Tupinambá, compra anunciada em dezembro do ano passado, e estuda parcerias estratégicas para aquisição de outras redes.