Empresas

Nomes internos também estão na disputa para presidência da Eletrobras

Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília – O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, fala sobre os resultados da empresa em 2017, e apresenta o andamento do Plano Diretor de Negócios e Gestão 2018-2022 (Valter Campanato/Agência Brasil)

O conselho de administração da Eletrobras possui uma lista de nomes internos da companhia como potenciais substitutos a Wilson Ferreira Junior, que renunciou à presidência da empresa no último domingo. Segundo o executivo, porém, também são cogitados nomes externos para o cargo.

“Temos alternativas internas que já foram compartilhadas com o presidente do conselho de administração [Ruy Schneider]. Por óbvio, o Ruy, junto com outros conselheiros, optou por trazer um head hunter também, para que possamos ter a assistência para fazer o ‘assessment’ [avaliação] das pessoas que já foram mencionadas internamente e algumas de que temos impressão externa e outras que o head hunter possa vir a trazer”, disse Ferreira Junior, em entrevista coletiva sobre a sua decisão de deixar a presidência da estatal, nesta segunda-feira, 25 de janeiro.

Ele disse não acreditar na possibilidade de Schneider ser o novo presidente da Eletrobras, em relação a um comentário circulado no mercado hoje.

Ferreira Junior reforçou que sua decisão de deixar o cargo foi baseada na percepção pessoal de que o plano de privatização da empresa não está avançando no ritmo necessário no Congresso. Ele explicou que sua visão foi sustentada pelos comentários feitos por um dos candidatos à presidência do Senado, que não incluiu o projeto entre suas prioridades, caso seja eleito, no início de fevereiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

“Mais recentemente tivemos a manifestação de alguns dos chamados candidatos colocando exatamente as prioridades a serem apontadas em uma eventual eleição e onde esse processo [privatização da Eletrobras] não seria prioritário”, afirmou.

Ferreira Junior reforçou que o governo federal, por meio principalmente dos ministérios de Minas e Energia e da Economia, está engajado na capitalização e privatização da empresa. Ele, no entanto, disse que o próprio presidente Jair Bolsonaro deveria se envolver mais no caso, para que o tema ganhe velocidade no Congresso.

“Evidentemente, para que tenhamos um reforço dessa mensagem, é importante que ele [Bolsonaro] se envolva também”, afirmou o presidente da Eletrobras.

Ferreira Junior confirmou que ficará no cargo até o fechamento das demonstrações financeiras da Eletrobras no exercício de 2020. E informou ter consultado a comissão de ética pública (CEP) da Presidência da República sobre a eventual necessidade de cumprimento de quarentena parta que possa assumir a presidência da BR Distribuidora.

Sobre a gestão da distribuidora de combustíveis, ele disse que é um projeto que o encanta. “É uma empresa privatizada, que tem desafios de reestruturação. Tenho essa experiência importante. É a formação de uma ‘corporation’, que é exatamente o que queremos fazer para a Eletrobras”.

Questionado sobre um eventual conflito de interesses em ocupar a presidência da BR Distribuidora e integrar o conselho de administração da Eletrobras, Ferreira Junior disse não ver essa possibilidade, porque as atividades principais das duas empresas são diferentes.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.