A Petrobras ampliou o espaço dedicado ao ESG (sigla em inglês relativa a critérios de governança ambiental, social e corporativa) no plano estratégico 2021-2025, detalhado nesta segunda-feira, 30 de novembro. A lista de compromissos em sustentabilidade, no entanto, teve poucas mudanças em relação ao definido no plano anterior (2020-2024).
Na apresentação do novo plano, a companhia dedicou sete slides para tratar exclusivamente do tema da sustentabilidade, contra apenas um incluído na divulgação do plano 2020-2024.
Também foi possível perceber a preocupação da companhia com o tema ao destacar o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da empresa, Roberto Ardenghy, que foi o segundo a falar na apresentação, após apenas o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco.
Ardenghy ressaltou que a Petrobras prevê investir US$ 1 bilhão em compromissos ambientais entre 2021 e 2025. Segundo ele, apesar de o valor ser semelhante ao incluído no plano anterior, o peso no orçamento da companhia aumentou, já que a previsão de investimentos totais da Petrobras recuou de US$ 75,7 bilhões para US$ 55 bilhões, na mesma comparação. “Estamos dando maior hierarquia a esses projetos”, completou.
Ele lembrou que a empresa criou recentemente uma gerência executiva de mudança climática e que todos os funcionários da companhia terão uma métrica topo relativa às emissões de gases do efeito estufa.
“No mundo que requer cada vez menos emissões, é importante que os mercados sejam atendidos com petróleo que tenha menos emissão e também menores custos, conciliando, portanto, energia acessível, mas contribuindo para a redução das emissões”, afirmou Ardenghy.
O executivo ressaltou ainda projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da empresa na área de ESG que podem criar valor no mercado de baixo carbono no futuro. Como exemplos, ele citou o diesel renovável e o bioQAV.
Com relação à lista dos dez compromissos em sustentabilidade da empresa, os itens permaneceram praticamente os mesmos daqueles divulgados no ano passado. A principal diferença é que a empresa ampliou para 50% a meta de redução na captação de água doce em suas operações até 2030. No plano anterior, a meta era de diminuir em 30% esse volume até 2025.