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Petrobras estuda viabilidade de negócio voltado ao mercado de carbono

A Petrobras está estudando a possibilidade de desenvolver um novo modelo de negócio para captura, uso e armazenamento de dióxido de carbono (CO2) derivados de processos industriais. Segundo informe da petroleira, se comprovada a eficácia, o método deve ser usado para reduzir não só as emissões da companhia, mas também de indústrias.

Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras na Avenida Chile, centro da cidade.
Rio de Janeiro – Edifício sede da Petrobras na Avenida Chile, centro da cidade.

A Petrobras está estudando a possibilidade de desenvolver um novo modelo de negócio para captura, uso e armazenamento de dióxido de carbono (CO2) derivados de processos industriais. Segundo informe da petroleira, se comprovada a eficácia, o método deve ser usado para reduzir não só as emissões da companhia, mas também de indústrias.

“Diante da sinergia natural dessa atividade com a indústria de óleo e gás, a Petrobras está estudando oportunidades de desenvolvimento de um novo modelo de negócio para captura e armazenamento de CO2 oriundo de processos industriais, além do pré-sal”, disse a estatal, em comunicado.  

Atualmente, a petroleira incorpora a tecnologia de captura, uso e armazenamento do dióxido de carbono em 21 plataformas operadas pela companhia no pré-sal da Bacia de Santos. Em 2022, a Petrobras reaproveitou 10,6 milhões de toneladas de CO2, ou o equivalente a 5,8 bilhões de m³ de dióxido de carbono.  

O montante corresponde a 27% do volume total de gás rejeitado nos campos de pré-sal da companhia e a cerca de 25% do total de dióxido de carbono injetado pela indústria global no ano passado. 

Segundo a petroleira, a tecnologia de captura, uso e armazenamento geológico de CO2 é utilizada para recuperar o petróleo retirado do reservatório. A operação pode aumentar a eficiência da produção e reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa.  

“Esse [volume] evidencia a capacidade técnica da Petrobras de superar o desafio de lidar com a alta presença de CO2 nos campos do pré-sal. Além de aplicar a tecnologia de reinjeção em águas ultraprofundas de forma pioneira, a empresa tornou-se líder no segmento. Ela opera hoje o maior projeto de CCUS do mundo, em termos de injeção anual, impulsionando sua estratégia de dupla resiliência, econômica e ambiental”, diz trecho do comunicado.