A Petrobras vai direcionar recursos do seu fundo de descarbonização para implementar usinas solares fotovoltaicas em três refinarias. As plantas devem entrar em operação em 2025 e somam cerca de 48 MW de capacidade instalada.
Os projetos integraram o sistema de geração das refinarias de Gabriel Passos (Regap), Abreu e Lima (Rnest) e Paulínia (Replan), localizadas em Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo, sendo uma solução para reduzir o consumo de gás.
“As usinas fotovoltaicas [serão] integradas ao sistema de geração de refinarias e devem permitir melhorias na integração e na confiabilidade operacional, reduzindo o consumo de gás e, consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa (GEE), em linha com o planejamento estratégico da empresa para uma transição energética justa”, afirmou o diretor de Processos Industriais e Produtos, William França da Silva, em nota.
>> Petrobras poderá ser seu próprio cliente nos investimentos em energias renováveis.
Segundo a estatal, as plantas passam a integrar a carteira de 33 projetos atualmente financiados pelo seu fundo, que, juntos, têm capacidade de reduzir a emissão em 1,52 milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano, ou seja, equivalente às emissões operacionais de toda uma refinaria.
“A Petrobras é uma grande consumidora de energia, o que é uma alavanca importante para a nossa ambição de avançarmos, nos próximos anos, em projetos de geração renovável de grande materialidade, buscando aliar projetos rentáveis com a progressiva descarbonização das nossas atividades e dos nossos produtos”, disse o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Maurício Tolmasquim.
Fundo de descarbonização
O fundo da Petrobras foi criado para apoiar ações de descarbonização das operações da empresa nos segmentos de exploração e produção, refino, gás e energia e logística. Atualmente, conta com uma disponibilidade orçamentária de US$ 1 bilhão no quinquênio 2024-2028.
Novo acordo
A Petrobras e a bp assinaram um memorando de entendimentos (MoU) nesta semana para discutirem parcerias entre as empresas. O acordo, com duração de dois anos, não é vinculante e procura tratar de temas como oportunidades de negócios em combustíveis sustentáveis; créditos de carbono; refino e exploração e produção; e pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a ideia é aprofundar as conversas para trocar conhecimentos, sinergia de ativos e oportunidades de desenvolvimento de produtos e negócios.
“A bp e a Petrobras construíram um forte relacionamento como parceiros nos blocos exploratórios no Brasil. Estou entusiasmado com essa oportunidade de reunir nossas competências, experiências e habilidades para ampliar nossa cooperação em novas áreas no Brasil e potencialmente, no mundo.”, afirmou William Lin, vice-presidente executivo de Regiões, Corporações e Soluções da bp.
As duas empresas já são parceiras em blocos exploratórios no segmento de Exploração & Produção, dentre eles Alto de Cabo Frio Central, na Bacia de Campos e na Bacia de Barreirinhas, todos operados pela Petrobras.
Nesta semana, a estatal também assinou um protocolo de intenções com a China National Chemical Energy Company (CNCEC) para explorar oportunidades em diversas áreas, incluindo os setores de energias renováveis e transição energética.
